Alckmin promete a empresários empenho por acordo entre Japão e Mercosul
Acordo de livre comércio é cobrança do setor industrial brasileiro. A executivos, Geraldo Alckmin se comprometeu a trabalhar pela proposta
atualizado
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No comando da Presidência da República durante a viagem do titular Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, o presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) se reuniu, nesta terça-feira (11/4), com empresários brasileiros e japoneses do setor da indústria, para discutir, entre outros temas, a possibilidade de se estabelecer um acordo de livre comércio entre o Japão e o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O Acordo de Parceria Econômica Japão-Mercosul vem sendo cobrado pelo setor industrial brasileiro nos últimos anos. Segundo executivos que participaram da reunião, Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, se manifestou “muito positivamente” sobre o tema e teria dito que irá trabalhar para estabelecer o acordo “o mais rápido possível”.
Se concretizado, um acordo entre Japão e Mercosul deve ampliar e diversificar as exportações brasileiras, equalizar condições de competição com países com os quais o Japão tem acordos similares e diminuir as barreiras comerciais.
O Japão é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e um dos principais investidores no país. Em 2022, a corrente de comércio entre os dois países foi de US$ 11,9 bilhões. Já o total de investimentos japoneses no Brasil foi de US$ 21,5 bilhões.
Menos tarifas
Segundo um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Japão aplica uma tarifa média de 6% no geral aos produtos brasileiros. Porém, em produtos da agroindústria a média tarifária é de 16%.
Com o acordo Japão-Mercosul, seria possível eliminar parte relevante das tarifas de importação e eliminar ou atenuar a incidência de barreiras não tarifárias.
A proposta entre os blocos ainda deve contar com normas que estimulam a integração comercial entre Brasil e Japão, como regras aduaneiras para aumentar a celeridade do comércio, abertura do mercado de compras governamentais, aumento dos investimentos bilaterais e do comércio bilateral de serviços, e estímulo à cooperação e ao intercâmbio de tecnologia entre os dois países.