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Alckmin não terá palanque do DEM em três estados

Fiel da balança para aliança nacional entre PSDB e Centrão, partido ainda precisa acertar oposições locais ao tucano

atualizado

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1 de 1 alckmin tite - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Fiel da balança para que o Centrão – grupo formado por PR, PRB, PP, DEM e Solidariedade – fechasse apoio em torno da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, o Democratas, apesar de ter formado aliança nacional com o tucano, não receberá o presidenciável nos seus palanques. Em pelo menos sete estados, o partido lançou ou irá apoiar candidatos ao governo que são contrários ao PSDB ou, devido a disputas locais, não aceitam a coligação formada pelas duas legendas.

Um dos casos mais inviáveis politicamente está em Goiás. O principal nome do DEM, Ronaldo Caiado, senador e pré-candidato ao governo local, é antigo inimigo do ex-governador do estado Marconi Perillo (PSDB). O tucano é atualmente coordenador político da campanha de Alckmin e, por isso, o ex-governador de São Paulo não vai contar com o apoio do democrata goiano.

Caiado, inclusive, já declarou diversas vezes: em seu palanque, quem vai subir é o também senador e presidenciável Álvaro Dias (Podemos) – e até mesmo Perillo espera que isso aconteça, como afirmou à reportagem. Para evitar que um de seus principais caciques fosse contra a aliança formada entre o Centrão e o PSDB, o DEM nacional teria pedido o afastamento de Marconi Perillo da campanha presidencial e maior poder de decisão na corrida eleitoral. No entanto, isso ainda não aconteceu.

Na última quinta-feira (26/7), quando o grupo de partidos declarou apoio a Alckmin, o Metrópoles questionou qual seria a importância do ex-governador de Goiás nas decisões eleitorais, e o presidenciável desconversou.

Eu vou fazer a coordenação política e pretendo ainda que todos os partidos participem de maneira igualitária

Geraldo Alckmin

Ainda faltam estaduais
Já a assessoria de imprensa do senador Ronaldo Caiado, de maneira oficial, preferiu pôr panos quentes na história. “Temos ainda as convenções estaduais, e todo o quadro pode mudar. A gente prefere aguardar o cenário definitivo antes de nos manifestarmos”, afirmou a comunicação, em nota. No dia 4 de agosto, o Democratas de Goiás realizará o evento com os partidos aliados: PSDC, Podemos, PMB, PSL, PSC, PMN, PPL, PRTB, PTC, PRP e Pros.

No Rio Grande do Norte, o senador Agripino Maia declarou publicamente seu apoio a Geraldo Alckmin, porém o ex-governador paulista não terá palanque do Democratas no local: no estado, o PSDB apoia Robinson Faria (PSD), enquanto o DEM, Carlos Eduardo (PDT). Como o Partido Democrático Trabalhista tem Ciro Gomes de pré-candidato ao Palácio do Planalto, ao que tudo indica, o tucano não terá espaço.

Em Pernambuco, as duas siglas também estão em guerra. Até agora, o DEM e o PSDB ainda apoiam para o governo do estado o senador Armando Monteiro (PTB). No entanto, na semana passada, ele visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso na Polícia Federal de Curitiba (PR). Após o ato, o presidente estadual do partido de Geraldo Alckmin divulgou uma nota afirmando que “há muitas dificuldades entre os partidos aliados”. O presidenciável tucano vem tentando colocar panos quentes nas discussões e manter a coligação.

Em Minas, Antonio Anastasia é o candidato do PSDB. Enquanto isso, o Centrão tenta convencer o deputado Rodrigo Pacheco a desistir da corrida pelo governo estadual. Situações parecidas acontecem ainda em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Ceará e Sergipe.

Já no Rio de Janeiro – estado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que relutou em apoiar o PSDB –, os dois partidos se entenderam. Os tucanos desistiram de candidatura própria e resolveram apoiar o recém-democrata e ex-prefeito da cidade carioca Eduardo Paes. Nesse sábado (28/7) houve a convenção estadual do PSDB, e a aliança com o DEM foi formalizada. Na Bahia, terra do atual presidente da legenda, ACM Neto, as duas siglas também estão coligadas.

Para tentar manter a aliança nacional forte, ACM foi escolhido pelos partidos do Centrão para ser o “interlocutor” entre o bloco partidário e Alckmin, na tentativa de se chegar a um consenso sobre o nome de um vice da chapa. Aos diretórios regionais, o presidente do DEM vem pregando o diálogo antes de eles decidirem se apoiarão ou não a candidatura presidencial do tucano em seus estados, mas, também na última quinta (26), ele defendeu que a legenda deixe lado os “interesses pessoais”.

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