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Alckmin evita dizer se assumiria Economia em eventual governo

Ex-governador de São Paulo também criticou estado mínimo e defendeu reformas. “O Brasil precisa de competitividade”, disse

atualizado

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o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
1 de 1 o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não negou a possibilidade de assumir o comando da Economia em um eventual novo governo do PT no próximo ano. “Esse negócio de sentar na cadeira antes dá um azar danado”, declarou durante a sabatina do Uol/Folha desta quinta-feira (29/9).

Com um discurso de tom pró-mercado, o ex-governador do estado de São Paulo sinalizou para onde acha que a economia deve ir. “O Brasil precisa de uma agenda de competitividade, reforma tributária. Eu visitei três fábricas. Se não simplificar a questão tributária, não tem jeito. O Brasil é o país dos impostos, nós precisamos simplificar. E reforma tributária é necessária. Agenda de competitividade. Desburocratizar. Acordos internacionais: o país está isolado. Quando você não faz um acordo e seu vizinho faz, você está perdendo mercado”, declarou Alckmin.

O candidato a vice de Lula também comentou questões internacionais. Para ele, apesar da importância comercial da China, o país não pode ser o único parceiro comercial do Brasil. “A China é um importantíssimo parceiro comercial, mas [o Brasil] não pode depender só dela. Nós temos que ter outros mercados para o agro e para a indústria. O presidente Lula tem falado muito em recuperar a indústria, e vai ter uma oportunidade no pós-Covid. A globalização contínua, é necessária, é importante, mas com princípio novo da precaução”. 

Apesar do discurso de que conversa com o mercado, Alckmin criticou a agenda liberal de Paulo Guedes e de outros partidos que adotam a defesa do “estado mínimo”. Para ele, não há desenvolvimento econômico sem trato social. “Aquela coisa do Estado mínimo, do mercado resolve tudo, não é verdadeira. Se você só cuidar do social e não tiver eficiência econômica, você também não cresce. Você tem que fazer essa boa sinergia que eu acredito muito nisso”, declarou o ex-governador.

Geraldo Alckmin não quis antecipar o futuro ao ser questionado na sabatina se irá concorrer nas eleições de 2026.  “O futuro está nas mãos de Deus” e completou: “tem dois ansiosos, o jornalista e o político. Nós nem passamos 2022”.

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