Em convenção, Alckmin é eleito presidente do PSDB
Governador de São Paulo dirige o partido tucano pelos próximos dois anos
atualizado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito presidente do PSDB neste sábado (9/12), em votação realizada na convenção nacional da sigla, em Brasília. Candidato único, o político paulista estará no comando do partido pelos próximos dois anos.
Realizada nesta manhã, no Brasil 21, e encerrada por volta das 13h, a eleição terminou com 470 votos “sim”, três “não” e uma abstenção. A nova composição da legenda tem o governador de Goiás, Marconi Perillo, como vice-presidente e Ricardo Tripoli na função de segundo vice. Completam a liderança do diretório nacional, os vices Paulo Bauer, Flexa Ribeiro, Beto Richa, Shéridan Oliveira e Aloysio Nunes.Alckmin pede reformas
Em seu primeiro discurso como presidente do partido, Alckmin usou o tradicional “companheiros e companheiras” de Lula para se dirigir aos colegas tucanos. “Temos compromisso com as reformas e os princípios que farão o Brasil crescer. O PSDB é o instrumento da modernização que nós queremos. Vamos perseguir a inovação, criando o futuro a passos largos”, declarou.
O governador de São Paulo deu ênfase à necessidade de reformas em diferentes setores da sociedade. “A reforma da Previdência é necessária. O Brasil é um país injusto e também precisamos de uma reforma da Justiça”, refletiu.
Alckmin também aproveitou o momento para alfinetar o ex-presidente Lula. “As urnas o condenarão pela pior recessão da história, por destruir a Petrobras, por colocar os brasileiros uns contra os outros”, criticou.
Tucanos querem união
Representantes do PSDB reforçaram o discurso de união entre os membros da legenda. Assim que chegou à convenção, o senador Aécio Neves cumprimentou Alckmin pela vitória. “O Geraldo poderá reafirmar nossos compromissos com o Brasil. Estou muito feliz que a unidade está de volta”, afirmou o mineiro.
Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso destacou que o PSDB deve reencontrar seu caminho. “Precisamos caminhar juntos, sim. Mas, para isso, precisamos de disciplina e estratégia. Isso é bom: eu ganhei duas vezes do Lula e prefiro vê-lo de novo na urna do que na cadeia.”