Alckmin diz que “passou da hora” de o Banco Central reduzir a Selic
Vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a criticar decisão do Copom, do Banco Central, de manter a taxa de juros, a Selic, em 13,75%
atualizado
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse, nesta segunda-feira (3/4), que “passou da hora” de o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduzir a taxa de juros, a Selic, atualmente em 13,75%.
“Eu acho que passou da hora [de reduzir a taxa]. Não tem razão para nós termos a maior taxa de juros do mundo. Aliás, é difícil de entender. Em 2020, a taxa de juros era de 2%. Hoje, está em 13,75%. Não tem justificativa, e esse é um fator importante, porque câmbio, juros e imposto são decisivos para a atividade econômica”, afirmou a jornalistas, durante agenda em Brasília.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado o Banco Central e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelo percentual da taxa de juros.
Alckmin critica manutenção da Selic em 13,75%: “É muito radicalismo”
Mesmo após a insatisfação demonstrada pela cúpula do governo, o Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano. Segundo o colegiado, a decisão levou em conta o cenário internacional “adverso e volátil”, além da alta dos juros nos Estados Unidos.
O mercado financeiro acredita na queda da taxa básica de juros no Brasil somente a partir de julho. Se confirmada, a redução ocorrerá com maior ênfase em agosto e setembro, com corte de cerca de 0,15 ponto percentual.
Segundo executivos, outro ponto com chance de antecipar a diminuição dos juros é a proposta do novo arcabouço fiscal, apresentada pela equipe econômica na última semana. Para Alckmin, a regra fiscal apresenta “todos os argumentos” para que ocorra “uma curva de redução da taxa de juros”.