Alckmin diz que eleições gerais é ideia para enfraquecer impeachment
Segundo o governador, o Tribunal Superior Eleitoral analisa denúncias quanto à lisura do processo eleitoral o que pode acarretar na cassação da chapa de Dilma
atualizado
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Em visita ao interior do Estado nesta quarta-feira, 6, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou a proposta de realização de eleições gerais para todos os cargos eletivos. Para ele, a ideia tem a finalidade de fazer com que perca força a proposta de impeachment, que tramita na Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff.
“Eu acho que isso não pode ser feito para parar ou esquecer o impeachment. A uma semana da votação você criar um fato, é para enfraquecer a questão do impeachment”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o governador, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já está analisando as denúncias quanto à lisura do processo eleitoral. “Então, você tem duas coisas. Uma é o impeachment, que vai ser votado e decidido. A outra é o TSE, que pode anular a eleição, aí terá de haver nova votação”, explicou.
Questionado se pretende se candidatar à Presidência, o governador falou que é cedo e brincou. “Por enquanto, se eu pudesse, queria ser presidente do Santos”.
Já o assunto Michel Temer irritou Alckmin. Perguntado sobre o que acha do pedido protocolado contra o vice-presidente da República, ele não opinou. “Isso cabe à Câmara Federal definir”
Rodovia
Alckmin concedeu entrevista durante anúncio de início das obras de duplicação da Rodovia Engenheiro Ronan Rocha (SP-345) entre os municípios de Itirapuã e Patrocínio Paulista. No trecho estava previsto um pedágio, conforme o plano de privatização das estradas paulistas.
Após uma série de protestos de moradores da região fecharem a pista, o governador afirmou que a proposta foi retirada do edital e uma praça de pedágios nesse trecho agora está descartada.
Questionado se as manifestações pesaram na decisão, Alckmin primeiro disse que “não necessariamente”, mas depois concordou. “É importante a gente ouvir, governo moderno ouve, interage…”.