Alckmin critica Trump e Brexit: “muro” não resolve crise migratória
Vice-presidente Geraldo Alckmin falou sobre o tema durante cerimônia na Federação Nacional dos Engenheiros, em São Paulo
atualizado
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Durante cerimônia na Federação Nacional dos Engenheiros, em São Paulo, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), teceu críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Alckmin, Trump só foi eleito pela bandeira de política migratória.
“As pessoas saem do lugar para tentar respirar. Você tem um fluxo migratório muito maior. O Trump ganhou a eleição nos Estados Unidos dizendo: muro, muro, ninguém entra na América”, disse Alckmin.
Ao falar sobre crise migratória, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços também mencionou o Brexit, que foi o nome dado ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia, iniciado com o referendo de 23 de junho de 2016.
“O Reino Unido sendo a capital financeira da Europa, sai da União Europeia, Brexit, ninguém entra na ilha. Você tem uma questão migratória que não vai resolver com muro, mas sim fortalecendo organismos multilaterais. Diálogo, entendimento, busca de soluções. Um mundo mais desigual, leva ao radicalismo político”, completou.
O muro
Desde a campanha eleitoral, Donald Trump pregava um ideal de segregação de imigrantes materializado em um muro que ao longo do governo, seria construído entre México e Estados Unidos para impedir a entrada no país. Desde 1994 já havia uma barreira entre os países, mas Trump queria reforçá-la em um projeto que poderia chegar a US$ 12 bilhões.
Ao longo do governo Trump, apesar dos ensaios e discussões sobre o tema, apenas um trecho de três quilômetros de cabeços de aço em Calexico, Califórnia, foi construído. No primeiro dia como presidente dos Estados Unidos, no entanto, o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva para interromper a construção.
Brexit
Abreviação das palavras inglesas britain (Bretanha) e exit (saída), o Brexit ficou conhecido como o processo de saída do Reino Unido do bloco político-econômico União Europeia, do qual são membros 27 estados-membros independentes situados principalmente na Europa.
Depois de um referendo iniciado em 23 de junho de 2016, quatro anos depois, em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido deixou a União Europeia, sendo o primeiro país a fazê-lo.
Um dos motivos apontados para a saída, de uma forma geral, era a resistência do Reino Unido à globalização e às regras que o bloco seguia, principalmente pela criação de uma moeda única, o euro e, o Espaço Schengen, que permite a livre circulação de pessoas.