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Alckmin critica manutenção da taxa Selic em 13,75%: “Isso é problema”

Nesta semana, Copom manteve patamar da taxa básica de juros, a Selic, pela 6ª vez seguida. Presidente Lula voltou a criticar o Banco Central

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Imagem colorida do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin
1 de 1 Imagem colorida do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou, nesta quinta-feira (4/5), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – percentual em vigor desde o início de agosto de 2022.

“Não é possível ter uma taxa Selic de 13,75%. Maiores juros do mundo, não tendo inflação de demanda. Evidente que isso é problema. Capital, crédito é fundamental”, disse Alckmin durante reunião de inauguração do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão.

A taxa de juros é o principal instrumento do Banco Central para coordenar a política monetária do país e controlar a inflação brasileira. Mais cedo, durante o mesmo evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

“É engraçado, é muito engraçado o que se pensa neste país. Todo mundo aqui pode falar de tudo, só não pode falar de juros. Todo mundo tem que ter cuidado. Ninguém fala de juros, como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas”, reclamou Lula.

Copom fala em “paciência e serenidade”

Ao decidir pela manutenção da taxa Selic em 13,75%, o Copom disse que o momento requer “paciência e serenidade na condução da política monetária”.

“O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, disse o comitê em comunicado.

No documento, o comitê também não deu indícios sobre uma eventual redução da taxa de juros nas futuras reuniões.

O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia de reuniões, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia no Brasil e no mundo, além do comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do comitê definem a taxa Selic.

Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços; já os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

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