metropoles.com

Alckmin avalia exonerar secretários para ajudar Temer contra denúncia

O governador quer manter uma boa relação como o PMDB, com vistas às eleições de 2018, quando deve disputar a Presidência da República

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rovena Rosa/Agência Brasil
Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016
1 de 1 Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016 - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avalia exonerar dois secretários estaduais que são deputados para que retomem os mandatos e votem pela rejeição da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na quarta-feira (25/10) no plenário da Câmara. Segundo tucanos, o movimento seria um aceno ao Palácio do Planalto, com vistas às eleições de 2018, quando Alckmin quer se candidatar a presidente da República.

O governador paulista pode exonerar os secretários Samuel Moreira (Casa Civil) e Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social), ambos do PSDB. A exoneração é “necessária”, pois os dois suplentes deles na Câmara – deputados Roberto Freire (PPS-SP) e Izaque Silva (PSDB-SP) – votaram pela aceitação da primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, e, nas contas dos governistas, iriam repetir o posicionamento desta vez.

Os votos de Moreira e Pesaro a favor de Temer já constam, inclusive, em levantamentos feitos por líderes governistas na Câmara aos quais o Estadão/Broadcast Político teve acesso. Os dois chegaram a pedir exoneração dos cargos de secretários na semana passada para garantir a apresentação de emendas individuais ao Orçamento de 2019, mas foram nomeados para os cargos novamente no sábado (21).

Pelos cálculos dos governistas, caso a exoneração de Moreira e Pesaro se confirme, Temer teria 3 votos a seu favor e 9 contra na bancada do PSDB de São Paulo. Na primeira denúncia, a bancada deu 11 votos contra e apenas 1 a favor: o da deputada Bruna Furlan, que deve se manter, de acordo com líderes governistas. No total, a bancada do PSDB deu 22 votos a favor e 21 contra Temer. Deputados tucanos relatam que Alckmin chegou a tentar combinar votos pró-Temer na bancada paulista do PSDB. A intenção inicial seria “virar” cinco votos dos tucanos e, com isso, demonstrar reaproximação com o Palácio do Planalto.

As conversas foram conduzidas pelo deputado Silvio Torres (PSDB-SP), principal interlocutor de Alckmin na Casa. Mas a dificuldade em conseguir deputados do PSDB dispostos a mudar o voto fez com que os “alckmistas” recuassem da estratégia. Isso porque Torres seria o único voto garantido a favor de Temer. A avaliação é de que isso poderia passar uma imagem negativa para o governador, de que ele não teria capacidade política de negociar.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?