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Alckmin apresenta o pior desempenho entre tucanos em São Paulo

Presidenciável só tem 16% da preferência entre os paulistas na intenção de voto. Em 2014, o menor índice era de Aécio Neves: 22%

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidenciável Geraldo Alckmin chega ao primeiro turno com o pior índice de intenção de votos obtido por um tucano em São Paulo – reduto histórico do PSDB e maior colégio eleitoral do país – desde 2006, ano em que ele próprio foi o candidato da sigla ao Palácio do Planalto. Alckmin governou o estado quatro vezes e, após deixar o cargo com 36% de aprovação, em abril deste ano, só tem 16% da preferência entre os paulistas.

Segundo analistas, o resultado em São Paulo tem significativa influência no baixo desempenho de Alckmin no cenário nacional – ele continua em quarto lugar nas pesquisas, com 7% das intenções de voto.

De acordo com a mais recente sondagem Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na quarta-feira (3/10), Jair Bolsonaro (PSL) tem 32%, Fernando Haddad soma 23% e Ciro Gomes (PDT), 10%. Em São Paulo, Alckmin tem apenas um ponto a mais que o candidato petista, e metade das intenções de voto em Bolsonaro.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, até esta eleição, o menor porcentual de apoio de um candidato à Presidência pelo PSDB entre os paulistas tinha sido registrado por Aécio Neves, em 2014. Pesquisa Ibope de 1.º de outubro daquele ano – divulgada quatro dias antes do primeiro turno –, dava a ele 22% dos votos em São Paulo. Patamar que dobrou no dia da eleição, chegando a 44% dos votos válidos – com isso, ele foi para o segundo turno com a então presidente Dilma Rousseff.

Quando a comparação se dá com o próprio Alckmin – candidato tucano ao Planalto em 2006 –, a diferença fica maior: uma semana antes da eleição, ele já tinha 42% da preferência em São Paulo e na data do primeiro turno alcançou 54%, a maior vitória até agora de um tucano no estado.

Antipetismo
É certo que o contexto atual é distinto dos demais, mesmo o de 2014. Após o impeachment de Dilma, o antipetismo talvez tenha atingido seu ápice hoje e o candidato que representa esse movimento não é mais o do PSDB, como ocorria desde 1994.

Com Bolsonaro cada vez mais fortes nas pesquisas nacionais e, especialmente em São Paulo, a campanha de rua de Alckmin em São Paulo quase passa despercebida. Na terça-feira (2), na zona norte da capital paulista, o tucano fez caminhada acompanhado de poucos correligionários. A difícil relação com João Doria, candidato do partido ao governo do estado, também ajuda a disseminar “traições” a Alckmin. “O presidente estadual do partido, Pedro Tobias, tem de levantar quem deserdou. É uma barbaridade que prejudica não só o Geraldo, mas o partido”, disse o deputado Floriano Pesaro.

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