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Alckmin anuncia pit stop na política e diz que Bolsonaro atrasa país

Para o ex-governador de São Paulo, o líder do executivo “está fazendo o Brasil perder tempo” e precisa entender que o Muro de Berlim caiu há mais de 30 anos

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Geraldo Alckmin. Foto: Michael Melo/Metrópoles
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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin anunciou, nesta segunda-feira (03/06/2019), em entrevista à Folha de S.Paulo, que vai dar um tempo na política e criticou o início da gestão do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Para Alckmin, o líder do Executivo “está fazendo o Brasil perder tempo” e “precisa saber que o Muro de Berlim caiu há mais de 30 anos”. As pastas da Economia, da Educação e da Segurança Pública também foram alvo de análise.

Apesar de dizer que tem simpatia pelo “jeito simples” do presidente Bolsonaro, Alckmin discorda totalmente da agenda do governo. “Temos 13,2 milhões de desempregados, cadê a agenda de produtividade? O Brasil não cresce, ficou caro para quem vive aqui, e tem dificuldade de exportação. Cadê a reforma tributária, fiscal?”, contesta.

O ex-presidente do PSDB também criticou a política externa. Ele diz que a “ideologização” do líder do Executivo não é da velha, mas sim da “antiquíssima política”. “Precisa dizer para ele [Jair Bolsonaro] que o Muro de Berlim caiu faz quase 30 anos”, comenta.

“Quero repetir que não tenho nada de pessoal contra ele, mas há um oportunismo de querer se aproveitar enfraquecendo as instituições. Temos é que melhorá-las. Não é estigmatizando que vai avançar. Veja, por exemplo, a educação. Enquanto se discute ideologização, ninguém fala do Fundeb, que vai acabar no fim do ano. Como se financia a educação básica? Isso é que é o importante”, diz Geraldo Alckmin.

Ele também criticou o decreto de armas aprovado pelo atual governo. Segundo Alckmin, existe um consenso entre os especialistas de que quanto mais armas, mais crimes ocorrem. “Arma tem que estar na mão da polícia, que é preparadíssima. Não na das pessoas”, completa.

Durante a entrevista, Alckmin também anunciou que fará “um pit stop na política”, após deixar a presidência do PSDB na última sexta-feira (31/05/2019). “É stop, mas é pit. O futuro a Deus pertence”, completa. Médico de formação, ele dá aulas em universidades de algumas cidades paulistas.

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