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Alckmin afirma que reforma da Previdência terá apoio do PSDB

“A Previdência precisa ser reformada porque há dois sistemas e os dois têm déficit”, disse o governador de São Paulo

atualizado

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Rovena Rosa/Agência Brasil
Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016
1 de 1 Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016 - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (1º/12) que a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer terá o apoio de seu partido, o PSDB. Sem dizer quantos dos 43 deputados tucanos votarão a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) – que altera, entre outras coisas, a idade mínima para o brasileiro se aposentar –, nem se vai interferir nessa decisão, Alckmin passou a defender com mais ênfase o projeto, citando os valores médios pagos hoje pelos sistemas público e privado como estratégia para explicar que é preciso combater privilégios.

“A Previdência precisa ser reformada porque há dois sistemas e os dois têm déficit. Só que o do INSS (Instituto Nacional do Serviço Social), que tem déficit de R$ 160 bilhões a R$ 170 bilhões para 32 milhões de aposentados, tem distribuição de renda. Ninguém ganha mais de R$ 5 mil e a média é 1 salário mínimo e meio. Mas o déficit do setor público é preocupante. Tem déficit de mais de R$ 80 milhões para menos de 1 milhão de aposentados e pensionistas, com salários muito elevados. É o Robin Hood às avessas e, por isso, tem que ser corrigido”, disse o governador à Rádio Capital.

Alckmin citou todos os valores médios pagos ano passado em aposentadorias: R$ 1.191 para o aposentado do INSS, R$ 8 mil para o servidor do Poder Executivo público, R$ 16 mil para representantes do Judiciário e R$ 24 mil para o Legislativo. “Não pode ter um sistema desses. Sempre defendi um regime geral de Previdência e vou lutar por isso, como já foi feito em São Paulo. Aqui, tanto o Legislativo, o Judiciário, o Executivo recebe teto do INSS e tem a opção de aderir à previdência complementar.”

O tucano, no entanto, ressaltou que a PEC não será facilmente aprovada pelo Congresso, já que, por ser emenda constitucional, precisa de 308 votos. “Mas a proposta terá o apoio do PSDB. Nós vamos apoiá-la.” Na quarta (29) o governador já havia afirmado que o PSDB iria apoiar a reforma da Previdência sob qualquer circunstância, em referência a uma eventual saída da sigla da base governista.

À rádio, Alckmin não quis falar como presidente do PSDB. “Se assumirmos será só no dia 9. Antes disso não tem conversa, como presidente do partido, com o presidente Temer,” completou. No sábado (2) os dois se encontrarão no interior paulista em dois eventos de entrega de moradias populares construídas com recursos do Minha Casa Minha Vida (programa federal) e Casa Paulista (programa estadual).

Ao fim da entrevista, o governador afirmou que quer ser candidato à Presidência da República ano que vem por se considerar preparado para o cargo.

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