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Ala bolsonarista do PSL buscará harmonia na Câmara até rompimento

Recomendação partiu do próprio Bolsonaro. O presidente da República anunciou saída da atual legenda para a criação da “Aliança pelo Brasil”

atualizado

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1 de 1 PSL-Ala-bolsonarista - Foto: Reprodução/Twitter

Seguindo uma recomendação do presidente Jair Bolsonaro, deputados federais aliados a ele pretendem manter o clima amigável com os correligionários na Câmara enquanto não há migração da ala bolsonarista do PSL para a futura sigla “Aliança pelo Brasil”. A expulsão sem perda do mandato, porém, seria o caminho mais fácil para os dissidentes.

Embora não haja prazo definido para a oficialização do partido, a intenção é concluir o processo até março, para garantir a inclusão da legenda nas eleições municipais. Uma convenção que marcará o início desse caminho está programada para o dia 21 de novembro, em Brasília. De imediato, será iniciada uma mobilização para a coleta de assinaturas a serem apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao comunicar sua saída do partido em reunião com parte da bancada no Palácio do Planalto, na tarde desta terça-feira (12/11/2019), Bolsonaro usou mais uma vez a metáfora do “casamento que não deu certo”, segundo relatou a deputada federal Carla Zambelli (PSL-RJ). “Deixou uma mensagem positiva de que valeu a pena, de que foi bom enquanto durou, mas que era inevitável essa separação”, ela disse.

Guerra de listas
A liderança do PSL na Câmara continua com Eduardo, filho 03 do presidente, que entrou no lugar do deputado Delegado Waldir (PSL-GO) no auge de crise do partido, após uma “guerra de listas” que teve interferência do próprio Bolsonaro. Dessa forma, o tom ameno tem o objetivo de dar continuidade à atividade legislativa sem maiores dificuldades.

O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), espera que haja um “divórcio consensual”. Isso porque a executiva do PSL, comandada pelo deputado Luciano Bivar (PE), quer que os parlamentares da ala bolsonarista percam o mandato em caso de expulsão.

“Todos esses ataques que a nossa ala tem sofrido são, na verdade, manobras para obter a liderança de maneira artificial. A gente torce para que haja a expulsão mais rápido possível, porque abriria a janela para nós migrarmos. Ou, com a criação do partido, nós vamos migrar a partir do momento que juridicamente for possível”, afirmou o líder.

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