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“Ainda quero ver Lula na Presidência”, diz Haddad

Em primeira entrevista como vice na chapa petista, o ex-prefeito defende a inocência do ex-chefe do Planalto e se diz pronto para a disputa

atualizado

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1 de 1 fernando haddad - Foto: Divulgação

O candidato petista a vice-presidente, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (7/8) que fará de tudo para ter Luiz Inácio Lula da Silva como o nome do PT na corrida pelo Palácio do Planalto, ao lado de Manuela D’Ávilla. No entanto, o plano B da legenda acha difícil o ex-líder do Executivo nacional conseguir sair da prisão e encabeçar a chapa.

“Espero ver o Lula na Presidência da República. Ele será eleito se for candidato e seria eleito, se não for”, afirmou Haddad em entrevista a um grupo de blogueiros, em São Paulo, ao responder uma pergunta sobre qual seria o papel do ex-chefe do Palácio do Planalto em um eventual governo do ex-prefeito.

“Quando vejo Lula preso, me causa angústia. Ele mesmo fala: ‘Tudo leva a crer que isso está acontecendo só pelo fato de eu ser candidato e, mesmo preso, ganho'”, disse Haddad.

O desempenho eleitoral de Lula também é um dos fatores que o mantêm na prisão na avaliação do candidato a vice da sigla petista. “Se ele não tivesse chance, talvez já tivesse saído. O cara não cai, não derrete. Muitos apostaram que ele derreteria, inclusive gente do nosso campo”, afirma o possível substituto do ex-sindicalista.

Fernando Haddad ainda elogiou a influência exercida pelo ex-chefe petista do Executivo no exterior, lembrando das viagens oficiais como ministro da Educação. “Onde eu chegava, as pessoas diziam assim: ‘Queria um Lula’. A gente tem e o trancafia com um processo desses, sem pé nem cabeça. O Lula é uma figura central na história do Brasil, gostem ou não”, enfatizou o plano B do Partido dos Trabalhadores.

Aborto e drogas
De acordo com o ex-prefeito paulista, em um eventual governo seu, temas relacionados a drogas e aborto serão tratados como uma questão de saúde pública. O papel do Estado, diz Haddad, é “cuidar das pessoas”. O político demonstrou não concordar com a tese dos candidatos que defendem a realização de plebiscito para definir quanto à flexibilização da lei que rege a interrupção da gravidez no Brasil.

Para Haddad, questões de direitos e garantias fundamentais não podem ser decididas “ouvindo a maioria”. Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve opinar para garantir, inclusive, o “direito da minoria”, característica das democracias modernas, conforme pontuou o petista.

“Discordo da tese da Marina [presidenciável da Rede]. Em relação a direito fundamental, o Congresso não pode legislar. O Supremo pode opinar. Democracia não é o direito da maioria. É também da minoria. Na democracia moderna, tem-se o governo da maioria, mas o direito é de todos, de cada um de nós, na sua particularidade”, enfatizou o vice do Partido dos Trabalhadores. “Não se pode plebiscitar cláusula pétrea e o STF tem de dizer o que é isso”, enfatizou.

Para Fernando Haddad, um programa de governo prevê o resgate de políticas que estavam sendo implementadas nas gestões petistas e acabaram ficando pelo meio do caminho. O ex-prefeito citou como exemplo a Casa da Mulher Brasileira, que vem enfrentando dificuldades para se estabelecer. Para ele, o projeto é um importante equipamento no combate à violência de gênero.

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