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Combate ao coronavírus atrasa à espera do destino de Mandetta

Informações de bastidores dão conta de que o presidente Jair Bolsonaro avalia nome do substituto do ministro da Saúde e momento de demiti-lo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mandetta na janela
1 de 1 Mandetta na janela - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Tida como iminente, a proximidade da demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mexeu com o roteiro dos esforços do governo contra o coronavírus. Mais uma vez, os trabalhos estão em suspenso enquanto se aguarda uma decisão e apenas no início da tarde desta quarta-feira (15/04) o ministério confirmou que está mantida a entrevista coletiva diária com atualização dos números nacionais.

A presença de Mandetta, porém, ainda é incerta. O ministro participou do evento na terça (14/04) e tentou fugir da polêmica, mas a temperatura de sua fritura subiu vários graus desde então.

Assim como a indecisão com relação ao destino do atual titular, as políticas que serão potencializadas para combater a pandemia entraram em compasso de espera. Decisões como o prolongamento do isolamento e a pesquisa com possíveis medicamentos ficaram para depois da fervura.

A informação que corre no Palácio do Planalto é que o presidente Jair Bolsonaro avalia neste momento os nomes que podem ocupar o cargo e o melhor momento para anunciar a decisão, que já teria sido tomada.

A notícia já está movimentando a cena política. “Entendo como um desastre e um risco à saúde pública do país. Há o risco de não termos mais orientação técnica e sim política e ideológica”, criticou, por exemplo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

O movimento de saída foi antecipado pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, que pediu demissão na manhã desta quarta-feira (15/04).

O ex-ministro Osmar Terra faz campanha nos bastidores, mas seu nome é considerado muito explosivo num momento de crise inevitável. Ele foi demitido do Ministério da Cidadania, que chefiava, após virem à tona contratos suspeitos que ele assinou com uma empresa investigada pela Polícia Federal.

Ganham força, então, os nomes do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; o presidente do conselho do hospital Albert Einstein, Claudio Lottemberg; a infectologista Nise Yamaguchi, muito próxima de Bolsonaro e defensora, como ele, da cloroquina; e Ludhmila Hajjar, diretora da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Bolsonaro, segundo fontes, está testando a recepção aos nomes ao deixá-los circular.

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