“Agredi sexualmente a repórter?”, questiona Bolsonaro após ataque
Nesta terça, o presidente fez insinuação sobre a jornalista Patrícia Mello. “Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”, disse
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), reclamou da repercussão da insinuação de teor sexual que fez à repórter da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello. Na manhã desta terça-feira (18/02/2020), o mandatário do país disse que a jornalista assediou o ex-funcionário da Yacows – empresa de disparos em massa no WhatsApp investigada na CPMI das Fake News – Hans River.
“No depoimento do Hans River no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo, ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”, disparou o chefe do Executivo nacional, aos risos, pouco antes do início da cerimônia de hasteamento da bandeira nesta terça.
Na saída do Palácio da Alvorada, após reunião com todos os ministros, o mandatário do país questionou se, entre os jornalistas presentes, havia algum da Folha de São Paulo. “Eu agredi sexualmente uma repórter hoje? Parabéns à mídia aí, valeu, hein! Eu cometi violência sexual contra a repórter hoje?”, indagou, antes seguir para o Palácio do Planalto, onde dará posse a Onyx Lorenzoni na pasta da Cidadania e a Braga Netto na Casa Civil.
O que diz a Folha de São Paulo
A Folha divulgou a seguinte nota sobre o insulto de Bolsonaro: “O presidente da República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência”.