Agente do GSI é afastada para acompanhar viagem de Bolsonaro a Miami
Expectativa é de que presidente Jair Bolsonaro deixe o Brasil até sexta-feira (30/12), e não entregue faixa presidencial a Lula
atualizado
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Às vésperas de Jair Bolsonaro (PL) deixar o Brasil rumo aos Estados Unidos, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, autorizou, nesta quarta-feira (28/12), o afastamento do país de uma funcionária do órgão. Ela vai compor a equipe de segurança familiar que deve acompanhar o atual presidente durante viagem a Miami, no estado da Flórida.
Segundo despacho assinado pelo general Heleno, a segunda sargento Aline Amancio será afastada entre esta quarta e quinta-feira (29/12). Atualmente, ela atua na segurança pessoal da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.
Veja a publicação:
Despacho de 27 de Dezembro de 2022 – Despacho de 27 de Dezembro de 2022 – Dou – Imprensa Nacional (1) by Metropoles on Scribd
O colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, afirmou que Bolsonaro viajará em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para os Estados Unidos, onde pretende tirar um período sabático após deixar o Palácio do Planalto.
A expectativa é que o atual presidente deixe o Brasil até sexta-feira (30/12), deixando de participar da cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que retorna para o seu terceiro mandato à frente da Presidência da República em 1º de janeiro de 2023.
Nessa terça-feira (27/12), o chamado “escalão avançado” do Gabinete de Segurança Institucional partiu rumo aos Estados Unidos, para preparar a chegada do presidente ao país norte-americano.
Já de acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, Bolsonaro busca um destino nos Estados Unidos em que não seja abordado por brasileiros e, assim, possa ficar longe do noticiário durante os próximos meses, dentro da estratégia de sumir do noticiário e dos olhos da Justiça.
Fora do poder
Também nessa terça-feira, Jair Bolsonaro definiu a equipe que vai acompanhá-lo assim que ele deixar o comando do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro de 2023. O Diário Oficial da União (DOU) trouxe o nome de oito auxiliares que irão assessorar Bolsonaro.
Pela primeira vez em 34 anos, o atual presidente não terá um cargo político. Para além dos benefícios do cargo que ocupou e da aposentadoria a que tem direito pela Câmara dos Deputados, ele deve assumir o posto de líder da direita para as próximas eleições. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, acertou que o partido bancará as despesas de Bolsonaro a partir de 2023, que será convidado para ser presidente de honra da sigla.
Na condição de ex-presidente da República, Bolsonaro tem direito de nomear até oito assessores, que serão remunerados com salários que podem chegar a R$ 13,6 mil e terão despesas com passagens aéreas e diárias de viagens pagas pelo governo.
Veja abaixo quem deve acompanhar Bolsonaro a partir de 2023:
Com relação de longa data com Bolsonaro, o assessor Max Guilherme Machado de Moura seguirá com Bolsonaro após o fim do mandato do presidente. Neste ano, ele chegou a deixar o governo para disputar as eleições, mas acabou derrotado nas urnas.
Outro nome definido para acompanhar o presidente a partir do ano que vem é o do advogado João Henrique de Freitas, assessor-chefe da Presidência, que conta com a confiança de Bolsonaro. O coronel Marcelo Camara, tido como o comandante do “serviço paralelo” de investigação que o atual mandatário matinha no Planalto também foi nomeado para seguir com Bolsonaro a partir do próximo ano.
O capitão reformado do Exército Sérgio Rocha Cordeiro, que trabalhou no gabinete presidencial de Bolsonaro, também deve acompanhá-lo ao fim do mandato. Foi na casa do militar que o atual presidente passou a fazer suas tradicionais lives depois que foi proibido pela Justiça Eleitoral de usar a estrutura do Palácio do Alvorada para promover candidaturas de aliados.
As portarias ainda trazem os nomes de Ricardo Dias dos Santos, suboficial da Marinha; Estácio Leite da Silva Filho, segundo sargento do Exército; e Osmar Crivelatti e Jossando da Silva, ambos segundo tenentes do Exército.