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Aécio diz que PSDB recebeu da Odebrecht só doações legais de campanha

O senador afirmou que é preciso “diferenciar o joio do trigo”, mas não mencionou nomes de partidos ou de outros parlamentares também citados na relação

atualizado

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Waldemir Barreto/Agência Senado
Aécio Neves
1 de 1 Aécio Neves - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira (23/3), que todos os pagamentos a integrantes de seu partido feitos pela construtora Odebrecht foram doações legais de campanha. Nomes como o de próprio Aécio e do senador José Serra (SP) aparecem em relação apreendida pela Operação Lava Jato na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio de Janeiro.

Em rápida declaração sobre o assunto, Aécio afirmou que é preciso “diferenciar o joio do trigo”, mas não mencionou nomes de partidos ou de outros parlamentares também citados na relação.

A devassa da Polícia Federal na residência de um dos executivos-chave do esquema de propinas na empreiteira rendeu um total de sete arquivos onde aparecem inúmeras planilhas e tabelas, algumas separadas por Estados e regiões do Brasil e outras por partidos, com nomes dos principais políticos do País

Também há inúmeras anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre “campeonatos esportivos”, que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobras.

Repatriação
Aécio avaliou também que há “possibilidade real” de os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei da repatriação serem derrubados pelo Congresso Nacional, na sessão marcada para a próxima terça-feira (29).

A lei foi aprovada pelo Congresso no ano passado e sancionada por Dilma em janeiro. O texto permite o retorno de dinheiro não declarado pelos contribuintes brasileiros ao exterior.

Por solicitação do Ministério do Planejamento, a presidente vetou três itens: o parcelamento do imposto em até 12 vezes, a possibilidade de “laranjas” serem beneficiados no programa de repatriação e a autorização para que joias, pedras preciosas e obras de arte também sejam repatriadas.

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