Advogado de Temer afirma que ele está muito aborrecido e constrangido
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse que há uma obstinação em querer imputar crimes ao presidente
atualizado
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Após um almoço na sexta-feira (30/3) com o presidente Michel Temer (MDB), o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse que o emedebista está “muito aborrecido” e “constrangido” com a prisão dos seus amigos, o empresário José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho, e do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, na quinta (29).
“Um verdadeiro processo kafkiano. O presidente está muito aborrecido com as prisões, constrangido, solidário a eles, homens de idade”, disse Mariz, após almoço no Palácio da Alvorada. O encontro ocorreu um dia após o presidente ter os amigos próximos presos.
O criminalista nega, contudo, que tenha conversado com o presidente sobre uma possível estratégia para se blindar da Operação Skala, que na quinta (29) prendeu Rossi, Yunes e o coronel Lima. Aliados temem que a operação seja prenúncio de uma terceira denúncia. “O presidente não foi atingido pela operação, logo, não há porque peticionarmos nos autos”, afirmou.O advogado criticou a Procuradoria, a polícia e a magistratura, que, segundo diz, estariam sempre mobilizados para “dar a impressão” de que Temer é alvo das investigações. “Há uma grande estupefação por parte do presidente, de minha parte e de toda a equipe em face da insistência, da obstinação em querer imputar a ele a prática de um crime”, concluiu.