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Advogada de médicos da Prevent teve escritório invadido após dossiê

Cinco homens teriam invadido o edifício para tentar levantar informações pessoais da representante legal dos profissionais

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Bruna Morato_CPI
1 de 1 Bruna Morato_CPI - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A advogada Bruna Morato, representante de ex-médicos da Prevent Senior, relatou, nesta terça-feira (28/9), que teve o escritório invadido após a divulgação do dossiê encaminhado à CPI da Covid-19 com denúncias sobre a conduta da operadora no tratamento de pacientes com coronavírus que procuravam atendimento junto à empresa.

A defensora afirma que a suposta invasão ocorreu após a primeira divulgação da história pela imprensa. “Logo que uma reportagem foi publicada, meu escritório foi invadido. Pessoas entraram no meu prédio com equipamento eletrônico moderno e duplicaram o meu IP (Internet Protocol), além de terem acessado todas as câmeras [de vigilância interna] do prédio em que tenho escritório”, conta.

Segundo a advogada, o acesso às câmeras era para identificar os profissionais de saúde que a procuraram para denunciar os episódios.

“Eles deixaram a segurança vulnerável por quatro dias, eles procuravam algo. Até cortaram o cano de um banheiro de um escritório vizinho, provocando vazamento que inundou o andar, fazendo com que fosse necessário liberar a entrada de pessoas para fazer o reparo”, continua Morato.

A representante dos médicos conta que a invasão teria sido promovida por um grupo de cinco pessoas, todos homens. O registro da ação dos supostos invasores no prédio em que está alocado o escritório da advogada foi apagado pelos suspeitos, conforme Morato.

Os profissionais de saúde, representados por Bruna Morato, elaboraram um dossiê entregue à comissão com denúncias de uso indiscriminado, nos hospitais da empresa, de medicamentos — como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina — sem comprovação de eficácia para o tratamento da Covid-19.

empresa, conforme revelou o Metrópoles, adotou o protocolo de administrar esses fármacos e passou dados para acompanhamento do governo federal. O padrão de uso foi desenvolvido com a ajuda de ao menos um membro do “gabinete paralelo”, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia.

Além disso, a operadora de saúde é acusada de ter coagido médicos para que aplicassem as drogas em pacientes sem o conhecimento deles ou dos familiares, e até do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A empresa também é suspeita de ter ocultado, em estudo sobre a cloroquina, o número de mortes de pessoas em tratamento contra a Covid-19.

Outra acusação que pesa sobre a empresa é a de alterar atestados de óbitos para ocultar morte de pacientes por Covid-19, com orientação para os médicos mudarem os prontuários.

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