Adriano Pires diz ao governo que desistiu de assumir a Petrobras
Decisão do economista é tomada após Rodolfo Landim também desistir de assumir a presidência do Conselho de Administração da estatal
atualizado
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O economista Adriano Pires, indicado pelo governo federal para presidir a Petrobras, desistiu de assumir o comando da empresa, segundo fontes do Palácio do Planalto. A decisão de Pires ocorre após Rodolfo Landim desistir de assumir a presidência do Conselho de Administração da estatal.
A desistência de Adriano Pires já foi comunicada ao Ministério de Minas e Energia. Ainda não foi definido quem será indicado no lugar dele. O governo tenta reverter a decisão de Pires e manter o nome do economista para o cargo de presidente da empresa.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro e o Ministério de Minas e Energia formalizaram a indicação de Pires para a Petrobras. Atualmente, a empresa é presidida pelo general Joaquim Silva e Luna. O motivo da mudança são as queixas de Bolsonaro sobre as altas nos preços dos combustíveis.
Se confirmada, seria a segunda troca na petroleira em um ano. Para que uma substituição na estatal seja efetuada, o governo deve enviar a indicação para a empresa. O nome deve ser votado no Conselho de Administração da Petrobras.
Quem é Adriano Pires
Especialista no setor de óleo e gás, Adriano José Pires Rodrigues é graduado em Economia, tem doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII e mestrado em Planejamento Energético. É diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e coordena projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.
Foi professor adjunto do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, exercendo as funções de pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais (tais como Unesco, CEE e Bird), à Agência Nacional de Energia Elétrica, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e à Unicamp.
Pires também atuou como assessor do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, além de ter exercido os cargos de superintendente de Abastecimento, de Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural.