Dilma é vaiada ao defender a volta da CPMF durante a abertura dos trabalhos legislativos de 2016
A presidente cumprimentou com beijos Renan e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, mas só deu um aperto de mão no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
atualizado
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A presidente Dilma Rousseff chegou, na tarde desta terça-feira (2/2), ao Congresso para a sessão de abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Ao desembarcar com 30 minutos de atraso, a petista foi recepcionada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Dilma cumprimentou com beijos Renan e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mas só deu um aperto de mão frio no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por ter admitido em dezembro a abertura do processo de impeachment contra ela.
No trajeto da Mesa Diretora da Câmara, para a execução do Hino Nacional, Dilma subiu as escadas em direção ao Salão Verde conversando apenas com Renan e ignorando Cunha.
O presidente da Câmara tentou ficar ao lado de Dilma, que recuou e preferiu conversar com o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), um dos vice-líderes do governo na Câmara. Sorridente, a presidente conversou durante o trajeto com parlamentares. No percurso, ela ouviu um grito isolado de uma mulher que disse “Fora, Dilma”.
O plenário da Câmara, onde ocorre a solenidade, está lotado. A presidente chegou a parar para tirar fotos com a bancada feminista da Câmara. Ao subir ao púlpito, foi aplaudida pelos presentes.
Discurso e vaias
Dilma usou o início do discurso para defender a reforma da Previdência Social, que, segundo ela, será encaminhada ao Congresso após um debate com a sociedade.
“Há várias formas de preservar a sustentabilidade da Previdência e vamos apresentar nossas propostas”, disse. “Vamos dialogar com a sociedade para apresentar uma proposta exequível e justa”, afirmou, ressaltando que o texto que será encaminhado ao Congresso terá como premissa o direito adquirido. “Envolvendo, portanto um adequado período de transição”, afirmou.
Depois, reforçou a necessidade de aprovação da CPMF e foi vaiada por parlamentares. “Não podemos prescindir de medidas temporárias como a aprovação da CPMF e da DRU”, disse.
Entre os argumentos usados para convencer parlamentares da necessidade de recriar o imposto, a presidente afirmou que a CPMF irá “bancar a Previdência Social e a Saúde”.
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