Ações da PF às vésperas de depoimentos da CPI são estranhas, diz Aziz
O presidente da CPI da Covid-19 citou duas pessoas ligadas à Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano e Emanuela Medrades
atualizado
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O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta terça-feira (13/7), que é “estranho” que pessoas ligadas à empresa Precisa Medicamentos tenham sido ouvidas e se tornado investigadas pela Polícia Federal às vésperas do depoimento à comissão e, com isso, tenham obtido habeas corpus para permanencer em silêncio.
“A nossa depoente foi ouvida ontem pela PF. Inexplicavelmente, o senhor [Francisco] Maximiano se torna investigado um dia antes de vir depor e, inexplicavelmente, a depoente [Emanuela Medrades ] de hoje se torna investigada um dia antes de vir depor. Não quero eu fazer qualquer tipo de pensamento que há um movimento, longe de mim falar isso da Polícia Federal, mas é estranho para mim e para outros aqui”, declarou Aziz.
O presidente da CPI disse que a quebra dos sigilos das testemunhas não as torna investigadas, apenas quando se encontra algo que mereça investigação.
“A simples quebra de um sigilo não quer dizer que ela se torna investigada. Se tornar quando se encontra alguma coisa, e estão usando esse artificio como se quebra de sigilo fosse investigado”, disse. “Não achando alguma coisa, não se investiga. Só se investiga quando encontra algo”, continuou.
Aziz deu a declaração após a depoente Emanuela Medrades manifestar intenção de ficar calada na comissão, amparada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Emanuela é diretora técnica da empresa Precisa, representante no Brasil para a compra da vacina indiana Covaxin.