‘Acho graça pedir minha renúncia e não de Dilma’, diz Cunha
Ele afirmou que os que defendem sua renúncia por conta de denúncias na Lava Jato deveriam, pelo mesmo parâmetro, pedir a saída da presidente
atualizado
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira (22/10) que aqueles que defendem sua renúncia por conta de denúncias na Operação Lava Jato também deveriam, pelo mesmo “parâmetro”, pedir a saída da presidente Dilma Rousseff.
“Eu acho graça de alguns que vêm aqui falar da minha renúncia, mas não pedem da presidente Dilma. Se for pelo mesmo parâmetro, você teria muitas e iguais motivações”, disse Cunha em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Em seu gabinete, Cunha conversou com a reportagem na manhã de ontem (22), antes da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de sequestrar e bloquear os recursos de contas na Suíça onde ele figura como controlador, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). Questionado no fim da tarde sobre o assunto, Cunha afirmou: “Sequestro de recursos que estão me atribuindo. Não vou comentar. Isso é com o meu advogado”.
Questionado sobre as contas que teria no exterior, o presidente da Câmara disse que reiterava o que já havia dito antes por meio de notas e afirmou que também só iria comentar o assunto por meio de seus advogados – ou por intermédio de novas notas.