“A tarifa é zero”, diz Bolsonaro sobre taxar energia solar
O presidente afirmou que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com os presidentes da Câmara e do Senado
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou, nesta segunda-feira (06/01/2020), qualquer cobrança de tributo sobre a produção de energia solar no país. Segundo o chefe do Executivo, o governo não participará de nenhuma reunião para tratar desse assunto.
O presidente informou que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
“Resolvi ontem [domingo, 05/01/2020] a questão. No governo, a decisão é minha, nenhum ministro, nenhum secretário mais fala no assunto. O governo não participa de qualquer reunião mais para tratar desse assunto. Minha posição é tarifa zero”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.”
Segundo o chefe do Executivo, Maia colocará em votação na Casa um projeto de lei, em regime de urgência, que proíbe a taxação.
“O Rodrigo Maia foi mais além. Para evitar e colocar um ponto-final nesta questão, algum parlamentar deve apresentar um projeto para taxação zero e isso passaria a tramitar em regime de urgência. Então, está sepultado qualquer possibilidade de taxar energia solar”, disse o presidente. “O mesmo fará o presidente do Senado. Caso encerrado”, disse mais cedo em conta oficial no Twitter.
– Conversei com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre sobre a taxação da energia solar proposta pela ANEEL. O Presidente da Câmara porá em votação PL, em regime de urgência, PROIBINDO A TAXAÇÃO da energia solar. O mesmo fará o Presidente do Senado. Caso encerrado. Bom dia a todos!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 6, 2020
Entenda
A possível taxação de até 60% sobre energia solar ganhou força no fim do ano passado, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs uma mudança na Resolução Normativa nº 482/2012. Com isso, o órgão retira benefícios de quem produz a própria energia com a alegação de que há custos nesse processo.
A proposta de mudança na norma é debatida na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.