A sete meses das eleições, desaprovação de presidenciáveis é elevada
Presidente Michel Temer é aprovado por apenas 4% da população. Henrique Meirelles e Rodrigo Maia também não são bem vistos, segundo pesquisa
atualizado
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Faltando sete meses para as eleições presidenciais, nenhum dos pré-candidatos vinculados ao governo e ao centro político tem taxa de aprovação superior a dois dígitos, segundo o Barômetro Político Estadão-Ipsos, pesquisa de opinião pública que todos os meses avalia a imagem de personalidades do mundo político e do Judiciário.
O presidente Michel Temer, que cogita disputar a reeleição pelo MDB, é aprovado por apenas 4% da população, de acordo com o levantamento do instituto Ipsos. Feita na primeira quinzena de fevereiro, a pesquisa não captou os efeitos da intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro.
Outro possível representante do atual governo na campanha presidencial, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), é aprovado por apenas 5% da população. Meirelles está em tratativas para mudar de partido e disseque faz pesquisas para medir seu potencial de votos.
O ministro tem como trunfo a volta do crescimento do PIB em 2017, após dois anos de retração – mas a taxa de expansão da economia foi de apenas 1%, e o desemprego voltou a crescer em janeiro. “A melhora dos indicadores econômicos ainda não alterou o dia a dia das pessoas”, observou o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo.
Representante do centro político, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), deve anunciar nesta semana sua candidatura à Presidência. Segundo o Ipsos, ele tem taxas de aprovação, desaprovação e desconhecimento similares às de Meirelles – 4%, 69% e 27%, respectivamente.
No PSDB, que se afastou de Temer no final do ano passado, Geraldo Alckmin é aprovado por 20% dos eleitores, e desaprovado por 68% – suas taxas pouco oscilaram nos últimos três levantamentos do Ipsos.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem taxas um pouco melhores que as de Alckmin: aprovação de 24% – oscilação de três pontos para cima desde o levantamento anterior – e desaprovação de 58%
A pesquisa Ipsos não é de intenção de voto. O que os pesquisadores dizem aos entrevistados é o seguinte: “Agora vou ler o nome de alguns políticos e gostaria de saber se o (a) senhor(a) aprova ou desaprova a maneira como eles vêm atuando no País”. O Ipsos ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios do País, entre os dias 1.º e 16 de fevereiro. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos porcentuais.