A pedido de Lula, Haddad volta à China para negociar ajuda à Argentina
Haddad vai negociar com representantes do Brics o apoio à Argentina. Ele deverá se reunir com Dilma Rousseff e ministros de Finanças
atualizado
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A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve voltar à China no fim de maio para acertar a negociação de ajuda financeira à Argentina. Ele já esteve no país asiático com o próprio Lula em abril.
O titular da Fazenda deverá embarcar no dia 27 de maio e regressar ao Brasil em 1° ou 2 de junho.
A previsão é que ele participe de reuniões com a presidente do Banco dos Brics (NBD), a ex-presidente Dilma Rousseff, nos dias 30 e 31, e com todos os ministros de Finanças dos países do Brics.
No início deste mês, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, esteve em Brasília para reuniões com Lula e Haddad. Na ocasião, o governo federal indicou a possibilidade de oferecer linhas de crédito aos empresários brasileiros que exportarem para o país vizinho.
Missão dada por Lula
Haddad já discutiu a crise no país vizinho com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos Estados Unidos durante sua participação no G7 Financeiro, no Japão.
Recentemente, o FMI se comprometeu com um programa de socorro ao país sul-americano que previa o pagamento de US$ 44 bilhões em 30 meses – tendo como contrapartida a adoção de medidas para combater a inflação. Até o fim do ano passado, haviam sido desembolsados US$ 23,5 bilhões. Desde a retomada da democracia na Argentina, em 1983, já houve 13 acordos com o FMI.
Socorro à Argentina: por que Haddad pediu ajuda a FMI e EUA
A entrada de Haddad na negociação atende a um pedido do presidente da República. Além da preocupação econômica, dado que a Argentina é um dos principais parceiros econômicos do Brasil, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos, existe uma questão política.
O governo brasileiro entende que interceder pela Argentina junto ao FMI e outros organismos internacionais cacifa o Brasil a se consolidar, perante o mundo, sua posição de líder do continente.