A movimentos sociais Lula diz ter precisado “esquecer ressentimentos”
Presidente Lula assinou a criação do Conselho de Participação Social e do Sistema de Participação Social Interministerial
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (31/1), que precisou esquecer ressentimentos para assumir a Presidência da República pela terceira vez.
“Para voltar aqui, eu tive que me preparar. Primeiro, esquecer qualquer ressentimento e qualquer espírito de vingança. Eu vim aqui apenas porque eu acredito que é possível a gente melhorar a vida do povo brasileiro”, afirmou Lula em discurso em cerimônia no Palácio do Planalto repleta de representantes dos movimentos sociais.
Lula disse ainda que houve uma tentativa dos adversários de destruir sua imagem e a do PT no imaginário da população, no que classificou como, “quem sabe, a campanha mais difícil”.
Na ocasião, o presidente assinou dois decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. Esses instrumentos visam, segundo o governo, ampliar a consulta à sociedade e restabelecer as pontes com os movimentos sociais.
Lula ainda afirmou aos representantes dos movimentos que “é importante que vocês tenham clareza que estamos apenas iniciando o processo”. Ele frisou que, em um mês de governo, os ministros apenas recentemente completaram a montagem de suas pastas.
Veja a cerimônia:
A consulta a movimentos sociais e a organizações da sociedade civil é uma tradição de governos petistas, adeptas a conselhos para a construção de políticas públicas.
O primeiro decreto a ser editado trata da criação do Conselho de Participação Social, previsto no relatório final do Gabinete de Transição, a pedido do próprio presidente Lula.
Nos dois meses da transição de governo, o Conselho reuniu 57 movimentos populares, entidades da sociedade civil, fóruns e espaços de articulação política e social. Esse conselho funcionou como um dos grupos técnicos temáticos na transição.
No governo, serão 68 representantes de movimentos e entidades, com reuniões a cada três meses.
O segundo decreto cria o Sistema de Participação Social Interministerial, instituindo em cada ministério uma Assessoria de Participação Social e Diversidade. O sistema será coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo ministro Márcio Macêdo.