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A Luciana Gimenez, Bolsonaro diz já ter votos para aprovar Previdência

Presidente gravou bate-papo informal com a apresentadora da RedeTV, mas não fugiu de temas como o atentado que sofreu, machismo e homofobia

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Isac Nóbrega/PR
06/05/2019 Entrevista a Luciana Gimenez
1 de 1 06/05/2019 Entrevista a Luciana Gimenez - Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) abriu espaço na agenda e gravou um bate-papo informal, na tarde desta segunda-feira (06/05/2019), para o programa Luciana By Night, da apresentadora Luciana Gimenez, na RedeTV. A entrevista foi ao ar nesta noite. A pauta procurou fugir de temas mais espinhosos, mas não houve como evitar a reforma da Previdência. Sobre o assunto, o presidente mostrou-se otimista: “Acredito que já temos votos suficiente para aprovar a reforma no plenário [da Câmara]”, afirmou.

Segundo Bolsonaro, mais de 300 parlamentares já “aderiram à nossa causa”. “Não existe nova ou velha política. Mas a maioria dos parlamentares está com o projeto, que não é meu, e sim do Brasil”, arrematou. “Temos a oportunidade ímpar de salvar o país. Não há outra alternativa”.

O início da entrevista focou em torno do dia a dia do presidente como pai de família, da relação com os filhos e sobre os momentos mais felizes nesses mais de 100 dias de governo. Entre esses momento, ele relembrou quando foi de férias para o Guarujá (SP), onde recebeu a mãe e pôde voltar a mergulhar após um ano: ele não praticava o esporte desde o atentado sofrido durante a campanha eleitoral. “Fiquei feliz na solidão do fundo do mar”, observou.

O presidente falou sobre o início da carreira como militar, da trajetória política e dos apelidos da época da caserna, como “Cavalão” e “Parmito”. Nessa parte da conversa, ele negou – contando com o apoio de Luciana Gimenez – as acusações de ser racista, machista ou homofóbico. Lembrou, inclusive, da ocasião em que salvou um colega “negão” do Exército que se afogava.

Saindo dos assuntos mais frugais, Luciana perguntou se Bolsonaro, como cristão, já teria perdoado Adélio Bispo, autor do atentado à faca do qual o presidente foi vítima durante ato de campanha no ano passado.

“De jeito nenhum”, reagiu o presidente. “Por mim, aquele canalha pegaria prisão perpétua. Sabia muito bem o que estava fazendo. Não tem que ter pena desse tipo de gente. Tem pé que desvendar quem o financiou”, disparou.

Sobre a presença de militares no governo, Bolsonaro afirmou que, dos 22 ministros, apenas sete são das Forças Armadas. “Teve um partido que ficou no governo durante 13 anos e encheu isso aqui de guerrilheiros. Na verdade, de bandidos, já que tem muitos presos.Tenho confiança nos militares”, observou.

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