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“A democracia não é negociável”, diz Bivar sobre “novo AI-5”

Presidente nacional do PSL chamou de “inaceitável” declaração de Eduardo Bolsonaro sobre ato para conter “radicalização da esquerda”

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Luciano Bivar, União Brasil
1 de 1 Luciano Bivar, União Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O dirigente do Diretório Nacional do PSL, Luciano Bivar, emitiu nota nesta quinta-feira (31/10/2019) na qual diz que, no partido, “a democracia não é negociável”. A legenda tem, em seus quadros, tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O herdeiro do mandatário da República declarou que o governo pode responder com “novo AI-5” a uma eventual “radicalização da esquerda”.

“O Diretório Nacional do Partido Social Liberal, com veemência, repudia integralmente qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários. A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável”, diz trecho do comunicado.

Bivar destaca ainda que o país “demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes”, a um custo “altíssimo” para o Estado e para as vítimas do “regime transitório”. “Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo.”

A declaração de Eduardo causou intensa repercussão no meio político, com repúdios públicos dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de uma série de parlamentares e partidos.

O PSL vive, hoje, um embate direto entre o grupo de Bivar e Bolsonaro pelo comando da legenda e do fundo partidário.

Confira a íntegra da nota:

Nota de repúdio

“O Diretório Nacional do Partido Social Liberal, com veemência, repudia integralmente qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários.

A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável.

O Brasil demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes, a um custo altíssimo, tanto para o Estado quanto para as vítimas do regime transitório.

Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo.

O PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais.

Em nosso partido, a democracia não é negociável.

Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro.”

Executiva Nacional do PSL

Luciano Bivar
Presidente

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