À CPI, Marcelo Blanco nega pedido de “comissionamento” por vacinas
Tenente-coronel e ex-assessor do Ministério da Saúde disse que jamais tratou sobre suposta propina com representantes da Davati
atualizado
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O tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, afirmou, nesta quarta-feira (4/8), que jamais pediu qualquer tipo “de comissionamento ou de vantagem” ao vendedor Luiz Paulo Dominguetti Pereira, da Davati Medical Supply.
“Eu jamais fiz qualquer tipo de pedido de comissionamento ou de vantagem. Isso é absolutamente desconectado da realidade”, declarou Blanco à CPI da Covid-19.
“Ele [Dominguetti] me manda uma mensagem às 6h, em que trata de uma FCO de US$ 17,5. Só para ficar claro, ao longo desse mês, desse período [de negociação], tomei conhecimento de três propostas que eles diriam estar passando ao ministério. Jamais fui atrás para saber se estavam lá”, acrescentou.
O militar disse que as propostas foram inicialmente de US$ 3,97, depois de US$ 3,50, e a última de US$ 17,50.
“No dia que sugere isso aí, ele envia mensagem no início da manhã ou final da madrugada e desconectadamente inclui no texto da mensagem essa questão de comissionamento, sem eu jamais ter tratado isso com ele”, disse Blanco, acrescentando que “já existia um desgaste muito grande” em relação aos representantes da Davati. Esta mensagem, segundo ele, foi enviada pelo dia 9 de março.
Blanco participou do jantar em que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias supostamente teria pedido propina de US$ 1 por dose ao policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira, vendedor da Davati Medical Supply, em 25 de fevereiro deste ano, em um restaurante no Brasília Shopping. Dias nega a denúncia.