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À CPI, EMS diz que faturou oito vezes mais com remédios do Kit Covid

Só com a ivermectina, a farmacêutica teve um salto nos lucros de $ 2,2 milhões para R$ 71,1 milhões durante a crise sanitária

atualizado

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Prefeitura de Itajaí/Divulgação
ivermectina
1 de 1 ivermectina - Foto: Prefeitura de Itajaí/Divulgação

A multinacional brasileira de produtos farmacêuticos EMS informou à CPI da Covid-19 que lucrou oito vezes mais com medicamentos do chamado “kit Covid”, o qual contém drogas que não são cientificamente eficazes contra a Covid-19, segundo especialistas e órgãos com a Organização Mundial da Saúde.

O ofício foi enviado ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na noite de quarta-feira (16/6). No documento, a EMS aponta que produziu nove vezes mais comprimidos dos remédios do “kit Covid”, só em 2020.

Em números, a farmacêutica disse que em 2020 faturou R$ 20,9 milhões com a hidroxicloroquina, 20 vezes mais do que em 2019. Além disso, até dezembro de 2021, ainda faturará, aproximadamente, R$ 19,21 milhões. Já com o vermífugo ivermectina o salto nos lucros foi de $ 2,2 milhões para R$ 71,1 milhões durante a crise sanitária. A informação é da Folha de S. Paulo.

Outros medicamentos do kit que também tiveram grande saída, foram a Azitromicina, que gerou à EMS um lucro de R$ 46,2 milhões, e a nitazoxanida, com um lucro de R$ 3,67 milhões.

Apesar do lucro imenso com a hidroxicloroquina, a EMS justificou no ofício enviado à CPI ter participado de estudos de testes da droga contra o vírus, que no fim das contas, não foi eficaz.

“A primeira pesquisa apoiada pela companhia foi publicada em 23.07.2020, no New England Journal of Medicine, e concluiu que o uso de hidroxicloroquina, sozinha ou associada com azitromicina, não mostrou efeito favorável na evolução clínica de pacientes adultos hospitalizados com formas leves ou moderadas de Covid-19”, disse a EMS.

Apesar de ainda não haver previsão exata, o presidente da EMS, Carlos Sanchez, também será convocado para prestar depoimento na comissão.

Em nota, a EMS informou que sempre comercializou seus medicamentos “para os fins previstos em bula”, “não tendo comercializado nenhum suposto kit relacionado à Covid”.

“A empresa produz a hidroxicloroquina desde setembro de 2019 e teve o primeiro registro de venda do produto em novembro, sendo que, até dezembro daquele ano, faturou pouco mais de R$ 1 milhão, não cabendo, portanto, a comparação com a comercialização durante todo o ano de 2020. No ano passado, as vendas de hidroxicloroquina representaram 0,2% do faturamento total da empresa e 11,6% do mercado total desse medicamento”, disse a farmacêutica no comunicado.

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