À CPI empresário afirma não ter visto suposto pedido de propina por vacinas
José Ricardo Santana, que seria lobista da Precisa Medicamentos, presta depoimento ao colegiado nesta quinta-feira
atualizado
Compartilhar notícia
O empresário José Ricardo Santana disse à CPI da Covid, nesta quinta-feira (26/8), que não presenciou suposto pedido de propina que teria sido feito em um jantar em Brasília pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias durante negociação para compra de vacinas.
Santana, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, estaria nesse encontro entre Dias e o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que denunciou o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina adquirida contra a Covid-19.
Dominghetti já prestou depoimento ao colegiado e se apresentou como representante de uma empresa que intermediou as negociações com o governo federal.
“Eu não presenciei nenhum pedido de vantagem indevida”, disse Santana. “Eu não sei qual foi o desfecho da conversa. Sei que foi um encontro, e eles foram embora. Não tenho mais lembranças sobre esse encontro”, continuou.
O empresário afirmou aos senadores que não se lembra de pontos tratados no jantar, mas que falavam de amenidades. “Me lembro que o Luiz Paulo Dominghetti claramente não fornecia amplo conhecimento na área da saúde”, disse.
O jantar ocorreu horas depois da assinatura de contrato da Covaxin, vacina produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e negociada com o Ministério da Saúde, tendo a Precisa como intermediária. Após as denúncias de irregularidades virem à tona, o governo suspendeu a aquisição.