metropoles.com

Tributária: só 10 parlamentares foram indicados à comissão mista

O colegiado que tratará da reforma terá 50 membros – 25 deputados e 25 senadores. Relator quer que o grupo seja instalado na semana que vem

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
A Marcha Nacional em Defesa da Democracia e Contra o Golpe – Brasília – DF 31/03/2016
1 de 1 A Marcha Nacional em Defesa da Democracia e Contra o Golpe – Brasília – DF 31/03/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A criação da comissão mista da reforma tributária no Congresso Nacional começa a andar… a passos lentos. Ao Metrópoles, a Secretaria Legislativa do Congresso Nacional (SLCN) afirmou nesta quinta-feira (13/02/2020) que, até o momento, foram indicados pelas lideranças partidárias apenas 10 membros dos 50 previstos para o colegiado – incluindo o presidente, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e o relator, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Do total, são seis deputados e apenas dois senadores.

Na noite de quarta-feira (12/02/2020), o relator disse que a comissão deve ser instalada na semana que vem. No entanto, ela precisa ser oficialmente criada. A SLCN informou à reportagem que o ato que formaliza a criação da comissão ainda não foi editado e, geralmente, o ato é protocolado junto com a designação dos membros do colegiado.

Com duas propostas tramitando no Parlamento, uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado Federal, a formação do grupo foi anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em dezembro do ano passado. Inicialmente, ele afirmou que o colegiado se reuniria durante o recesso legislativo para discutir um texto único da reforma. No entanto, não houve consenso para a divisão das cadeiras da comissão, o que atrasou a criação.

Ribeiro confirmou que houve um entendimento e foi definido que seriam 25 integrantes para ambas as Casas. A decisão vai contra o anunciado por Alcolumbre na semana passada: na ocasião, ele informou que seriam 40 membros – 20 para cada lado. Ambas as propostas, contudo, vão contra o pleiteado pelos deputados, que queriam estar representados em maior número do que senadores.

Ainda de acordo com o relator da reforma, a comissão não fará deliberação, mas apenas reunirá todas as propostas e elaborará um projeto único para ser analisado: “O regimento não prevê essa comissão, mas não vamos tramitar um projeto. É um comissão que tem um condão muito mais político. Nós tivemos isso na comissão da reforma da Previdência. O que vamos fazer é a mesma coisa. Vamos ter um grupo de deputados e senadores acompanhando a construção de um texto”.

O governo participará da discussão e deve enviar suas sugestões. “Não me pergunte em que formato, se é mandando um projeto ou sugerindo, mas o governo vai estar participando ativamente. Não vamos fazer uma reforma que trata do imposto federal sem que haja uma discussão com o governo federal”, completou Ribeiro.

Propostas
Na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), está em discussão na comissão especial. Segundo o texto, haveria unificação de impostos. Os tributos federais PIS, Cofins e IPI, o estadual ICMS e o municipal ISS seriam substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A receita seria compartilhada tanto para a União quanto para estados e municípios.

Já no Senado está a PEC 110/2019, assinada por Alcolumbre com mais 66 senadores. Em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o texto foi baseado na reforma do ex-deputado Luiz Carlos Hauly, apresentada em 2004 e aprovada na comissão especial da Câmara em 2018. Ela, contudo, não chegou a ir a plenário.

De acordo com o projeto, seriam extintos IPI, IOF, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação e Cide Combustíveis — além do imposto estadual ICMS e o municipal ISS. Mas, diferentemente da reforma de Baleia, seriam criados o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), que teria tributação sobre valor agregado, nos estados, e o Imposto Seletivo (IS), no âmbito federal, sobre operações com bens e serviços.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?