Três meses a 1 ano de suspensão: veja a lista de punições do PSL
Executiva do partido quer suspender Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, por um ano. Decisão final sai na próxima segunda
atualizado
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Em reunião na manhã desta quarta-feira (27/11/2019) em Brasília, integrantes da ala bivarista do PSL que compõem a Executiva do partido deliberaram sobre as punições que deverão ser aplicadas aos membros “infiéis” da legenda, ala que tem planos de migrar para a Aliança pelo Brasil quando o partido for criado.
Veja a punição que o grupo vai sugerir para cada um deles ao Diretório Nacional do partido, que se reúne para julgar as recomendações na próxima segunda-feira (02/12/2019). Como o diretório é controlado pelo presidente da legenda, Luciano Bivar, as chances de as recomendações serem aceitas são consideradas altas.
Bibo Nunes (PSL-RS): 12 meses
Alê Silva (PSL-MG): 12 meses
Bia Kicis (PSL-DF): 6 meses
Carla Zambelli (PSL-SP): 6 meses
Carlos Jordy (PSL-RJ): 7 meses
Daniel Silveira (PSL-RJ): 12 meses
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP): 12 meses
General Elieser Girão (PSL-RN): 3 meses
Filipe Barros (PSL-PR): 6 meses
Junio Amaral (PSL-MG): 3 meses
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP): 3 meses
Marcio Labre (PSL-RJ): 6 meses
Sanderson (PSL-RS): 10 meses
Major Vitor Hugo (PSL-GO): 7 meses
Aline Sleutjes (PSL-PR): advertência
Chris Tonietto (PSL-SC): advertência
Hélio Lopes (PSL-RJ): advertência
Coronel Armando (PSL-SC): advertência
Ao Metrópoles, o deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO) afirmou que as punições não são “arbitrárias”. “O partido tem um regimento e alguns deputados desrespeitaram as regras, então nada mais natural do que algumas penalidades serem aplicadas”, justificou.
Na prática, aliados do presidente do presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), contam que a estratégia é usar as prerrogativas que são do partido e, com isso, tirar poder desses congressistas. “Mas não vão expulsar ninguém, porque é isso que eles querem, mas o partido não vai facilitar.”
Caso as punições sejam confirmadas na próxima semana, os parlamentares devem perder vagas em comissões, como CPIs ou as permanentes, e cargos partidários como a liderança na Câmara – hoje ocupada por Eduardo Bolsonaro. O filho do presidente só não perderia, em princípio, o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, pois foi eleito pelos demais deputados e não indicado pelo partidos.
A reação dos bolsonaristas
“É apenas uma ameaça, não vamos levar a sério”, minimizou Carla Zambelli (PSL-SP). “Eles querem nos amedrontar. Não vão conseguir, porque estamos do lado da verdade, da transparência e do povo. Basta ver nosso alcance nas redes.”