Toffoli defende reajuste do Judiciário em conversa com Paulo Guedes
Reposição de 16,35% nos contracheques dos ministros do STF ainda aguarda a sanção do presidente Temer
atualizado
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, apresentou nesta terça-feira (20/11) ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentos para reforçar a necessidade de reajuste do Judiciário. Há duas semanas, o Senado aprovou reposição de 16,35% nos contracheques dos ministros do STF, com repercussão nos salários de juízes de todo o país. As informações estão no O Globo.
O presidente Michel Temer está analisando se sanciona ou não a proposta. Se for mesmo concedido, o reajuste valerá a partir de 2019 e afetará as finanças do governo de Jair Bolsonaro.
Segundo Toffoli, diversas categorias do poder público receberam reajuste salarial em 2016, mas o Judiciário ficou de fora e, por isso, teria salários defasados. O presidente do STF acrescentou que haverá compensação às perdas com o fim do auxílio-moradia, que já teria sido prometido a Temer.
A conversa ocorreu em um almoço oferecido pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha. Também estavam no evento o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, e o ministro do STJ Jorge Mussi.
Encontro com Moro
Pela manhã, Toffoli recebeu no gabinete dele o futuro ministro da Justiça de Bolsonaro, o ex-juiz federal Sérgio Moro, que conduzia a Lava-Jato em Curitiba. Segundo a assessoria do STF, foi uma visita de cortesia que durou cerca de 15 minutos.
Eles falaram sobre a alta quantidade de homicídios no país e também sobre ações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também presidido por Toffoli. Entre elas, a aquisição de mais tornozeleiras eletrônicas como alternativa à superlotação de presídios e o cadastro biométrico de presos.