Terra desmente secretário sobre pedido de demissão por censura
Em nota, Cidadania alega que ministro pediu o cargo de responsável por Cultura, por “não estar desempenhando políticas propostas”
atualizado
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O Ministério da Cidadania divulgou uma nota desmentindo o ex-secretário de Nacional de Cultura Henrique Pires, que afirmou ter pedido exoneração em reação a atos de censura do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que atingem diretamente a área. Segundo o texto do ministério, o cargo de Pires foi “pedido” pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, por entender que ele “não estava desempenhando as políticas” propostas pelo órgão.
Ainda segundo a nota, Terra estaria surpreso com a alegação de Pires pelo fato de o ex-secretário “não ter mostrado qualquer discordância à frente da secretaria” até ser comunicado de sua demissão. O secretário-adjunto e secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, José Paulo Soares Martins, ficará no lugar do ex-secretário.
Confira a nota na íntegra:
Ao contrário da versão divulgada pelo ex-secretário especial da Cultura José Henrique Pires o cargo foi pedido pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, na terça-feira (20), à noite, por entender que ele não estava desempenhando as políticas propostas pela pasta. O ministro se diz surpreso com o fato de que o ex-secretário, até ser comunicado da sua demissão, não manifestou qualquer discordância à frente da secretaria. O secretário-adjunto e secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, José Paulo Soares Martins, assume o cargo.
Ao portal G1, Pires afirmou que a “gota d’água” foi a decisão do governo de suspender um edital que havia selecionado séries sobre “diversidade de gênero” e “sexualidade”. O secretário disse ainda que acertou a saída na terça-feira (20/08/2019) em conversa com Osmar Terra. Ele disse não concordar com “filtros na atividade cultural”.