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Temer afirma ser inegociável fechar a fronteira com a Venezuela

Em visita ao Rio de Janeiro, presidente também se manifestou sobre os resultados da intervenção militar no estado

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Presidente Michel Temer da posse ao ministro Marun – Brasília(DF), 15/12/2018
1 de 1 Presidente Michel Temer da posse ao ministro Marun – Brasília(DF), 15/12/2018 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em meio às polêmicas causadas pelo intenso fluxo de imigrantes no Brasil, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (30/8) que é “incogitável e inegociável” fechar a fronteira com a Venezuela. “Não há isso. Não haverá”, destacou em viagem ao Rio de Janeiro. Autoridades de Roraima pressionam o governo federal para o fechamento da faixa fronteiriça.

Segundo Temer, sua ideia de distribuir senhas seria apenas para organizar a entrada dos venezuelanos no Brasil. De acordo com o presidente, a proposta em estudo seria adotar dois tipos de senha: um para o venezuelano que vem ao Brasil, mas retorna ao país de origem, e outra para aquele que pretende se estabelecer em território nacional.

Temer afirmou ainda que as senhas eventualmente – distribuídas para os imigrantes que querem ficar no Brasil – têm o objetivo de ajudar na organização humanitária, como vacinação e assistência social. Segundo estimativas oficiais, entram no Brasil diariamente, via Roraima, de 600 a 800 venezuelanos por dia. O presidente não mencionou a quantidade de senhas a ser distribuída.

O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira (30/8) que o fechamento da fronteira brasileira a venezuelanos é algo “incogitável” e “inegociável”. Ele afirmou ainda que a possibilidade de distribuição de senhas serviria para atender a diferentes demandas dos recém-chegados, como a compra de alimentos e remédios e a permanência no país.

As senhas seriam uma medida para organizar os venezuelanos, que chegam em média “entre 700 e 800 ao dia”, afirmou Temer, em passagem pelo Rio para acompanhamento da intervenção federal na Segurança Pública do Estado.

“Ou as pessoas não sabem ler ou não querem ler. O fechamento da fronteira é incogitável e inegociável. Não há isso, não haverá isso”, disse, comentando o que acredita ser um mal entendido em suas declarações sobre a situação dos venezuelanos, e fazendo alusão a tratados internacionais assinados por ele.

“É um verdadeiro êxodo, que está criando grandes problemas em todos os países”, declarou, mencionando a Colômbia, o Peru e o Equador.

Na quarta-feira, o presidente afirmou à Rádio Jornal, de Pernambuco, que estava sendo avaliado esquema para limitar a entrada de venezuelanos, mediante senhas: “Eles pensam em, quem sabe, colocar senhas de maneira que entrem 100, 150, 200 por dia e cada dia entre um pouco mais para organizar essas entradas”.

Intervenção militar
Temer que os índices de combate à criminalidade da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro são “extraordinários” e que está “satisfeitíssimo” de ter decretado a medida. O presidente chegou por volta de 11h ao Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e participou de uma reunião no Comando Militar do Leste, em que foi apresentado um balanço dos seis meses de intervenção federal no Rio de Janeiro.

O político disse que os primeiros meses da intervenção foram de estruturação, e que os resultadoscomeçaram a surgir nos meses seguintes. “Nesses três a quatro meses, os índices de combate à criminalidade são extraordinários. E eu sei que, de vez em quando, se diz que o apoio à intervenção federal caiu de 74 para 66 [por cento], e eu mesmo me indago: qual é o setor da atividade pública que tem 66% de aprovação da população? Quando ultrapassa a margem de 50%, é extremamente favorável”.

O presidente destacou que a intervenção é federal, e não militar, e afirmou que a integração das Forças Armadas com órgãos estaduais de segurança pública tem sido extraordinária.

“Nós, na área federal, estamos satisfeitíssimos com o fato de termos decretado essa intervenção parcial. E ressaltei que muitas e muitas vezes o exemplo do Rio de Janeiro tem sido invocado por outros governos, que também vão à minha sala pedir uma intervenção federal nessa área”.

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