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Tabata pagou R$ 23 mil ao namorado via fundo eleitoral, diz revista

Veja aponta que Daniel Alejandro Martínez recebeu o valor durante campanha. Assessoria nega irregularidade

atualizado

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Divulgação/PDT
Fotografia colorida Tabata Amaral
1 de 1 Fotografia colorida Tabata Amaral - Foto: Divulgação/PDT

Suspensa do PDT após voto a favor da reforma da Previdência, a deputada federal Tabata Amaral (SP) teria usado R$ 23 mil do fundo partidário para contratar seu namorado, o colombiano Daniel Alejandro Martínez, durante a campanha eleitoral. Ambos se conheceram em Harvard, universidade norte-americana. Ele teria recebido a quantia para prestar serviços de análise estratégica e atendimento a eleitores, durante 50 dias. As informações são da revista Veja.

Procurada pela reportagem da publicação, a deputada respondeu por meio de sua assessoria de imprensa: “A campanha da Tabata Amaral cumpriu as leis eleitorais na contratação de seus serviços e pessoas. Todas as informações são públicas e estão no portal do TSE.”

A matéria da Veja diz ter identificado o pagamento justamente no site do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo as informações coletadas pela revista, Martínez teria trabalhado num escritório de coworking, em São Paulo, das 9h às 18h. Segundo a revista, o colombiano foi a quarta pessoa física que mais recebeu recursos da campanha da pedetista.

A Veja detalha que as quantias recebidas por outros funcionários de Tabata são facilmente rastreáveis, menos as do namorado dela. Conforme a apuração da reportagem, ele teria sido até promovido na função. O contrato leva assinatura de Stefani Martins Pereira, procuradora da então candidata e atual funcionária no gabinete da deputada.

Ainda segundao a reportagem, Martínez formou-se em estudos sociais por Harvard e tem bolsa de pós-graduação da Michael C. Rockefeller Memorial Fellowship. O colombiano não atendeu às solicitações de entrevistas da Veja.

Checagem

No fim do texto, a Veja cita depoimento do advogado eleitoral Fernando Neisser. Ele explica que empregar parceiros, pessoas próximas e familiares não configura crime durante a campanha. Mas depois de eleito, é ilegal. A revista diz que não é possível confirmar a irregularidade cometida por Tabata, mas explica que os serviços oferecidos por Martínez “não podem ser checados e não foram esclarecidos pela deputada”.

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