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Soldados e tenentes se abrigaram na embaixada do Brasil na Venezuela

Porta-voz confirmou que Bolsonaro e Guaidó se falaram nesta terça, mas se recusou a dar mais informações sobre a interação entre os dois

atualizado

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1 de 1 Otávio-Rego-Barros1 - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Palácio do Planalto confirmou, na noite desta terça-feira (30/04/2019), que há 25 militares de baixa patentes abrigados na embaixada brasileira em Caracas, capital da Venezuela. Segundo o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, os que lá estão abrigados são soldados e tenentes.

Rêgo Barros afirmou ainda que esses militares podem ser transferidos para outro local com imunidade consular brasileira “por questões sanitárias”, mas não informou para onde. A situação na Venezuela teve uma nova reviravolta na manhã desta terça, após o autoproclamado presidente daquele país, Juan Guaidó, anunciar ter apoio de militares contra o presidente Nicolás Maduro, considerado por opositores como “usurpador”. As ruas de Caracas foram palco de confrontos ao longo do dia, deixando ao menos 52 pessoas ficaram feridas.

O porta-voz descartou intervenção brasileira na Venezuela e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) conversou com Juan Guaidó durante a tarde desta terça. Ele se negou a revelar o conteúdo da conversa e evitou responder de que lado partiu o contato inicial, mas depois indicou ter partido do Brasil. Rêgo Barros disse, entretanto, que foram feitas diversas tentativas até estabelecer a conversa, por dificuldades de conexão. Ele também não esclareceu qual foi o meio de comunicação usado.

Questionado pelo Metrópoles sobre quais ações concretas serão adotadas pelo governo brasileiro, o porta-voz palaciano afirmou que o país reforçará a ajuda humanitária na região da fronteira com o país.

“A ação concreta por parte do nosso país, das nossas Forças Armadas, do nosso governo, é a ação de manutenção da ajuda humanitária por meio da chamada Operação Acolhida”, afirmou. Segundo Rêgo Barros, o Ministério da Defesa também recebeu aporte extra, de cerca de R$ 230 milhões, para dar continuidade logística ao programa.

Primeiro de maio
Bolsonaro fará nesta quarta (1º/05/2019) um pronunciamento em rede nacional sobre o Dia do Trabalho. A mensagem foi gravada no fim da tarde desta terça. O Planalto não revelou o conteúdo do pronunciamento, a ser veiculado às 20h, mas afirmou que a duração é de cerca de dois minutos e meio.

O governo também negou estar preocupado com manifestações durante a data. “Nosso aparato, nossos estudos continuados por parte do Gabinete de Segurança Institucional são renovados a cada dia e, no momento, não temos absolutamente nenhuma preocupação no que toca a esse movimento, de que possa descambar para um evento que não esteja dentro do controle normal que se admite dentro de uma sociedade”, desconversou o porta-voz do Planalto.

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