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Sérgio Camargo quer celebrar princesa Isabel em vez de Zumbi

Com a nomeação à presidência da Fundação Palmares suspensa, jornalista conhece Bolsonaro e sai pregando exclusão do símbolo da força negra

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1 de 1 sergio-de-camargo2 - Foto: Reprodução/ Facebook

Sérgio Nascimento de Camargo, que teve a nomeação à presidência da Fundação Palmares suspensa pela Justiça Federal, anunciou ao deixar o Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira (10/12/2019) que quer celebrar o “papel da princesa Isabel na abolição da escravatura” no lugar de Zumbi de Palmares, figura que dá nome à instituição para a qual o jornalista foi nomeado e virou símbolo da força da negritude.

“Claro que tem que acabar o Dia da Consciência Negra, que é uma data da qual a esquerda se apropriou para propagar vitimismo e ressentimento social. Não é uma data do negro brasileiro, é uma data de minorias empoderadas pela esquerda, que propagam ódio, ressentimento e a divisão social. No que depender de mim, a fundação Palmares não dará valor nenhum a essa data. Vamos revalorizar o dia 13 de maio, o papel da princesa Isabel na libertação dos negros”, afirmou.

Camargo esteve com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) junto ao secretário de Cultura, Roberto Alvim, e a outros quatro nomeados. O objetivo, segundo Alvim, foi apresentar a equipe ao chefe do Executivo.

Militante da direita e negro, Camargo se defendeu das críticas que tem recebido por declarações sobre o racismo, dizendo que foi mal interpretado e ameaçando processar quem o chamou de “capitão do mato”.

“Eu nunca neguei a existência do racismo no Brasil. Isso é uma deturpação das minhas postagens em redes sociais. Eu afirmo que há racismo. O racismo, porém, não é estrutural segundo a tese da esquerda. Ele é circunstancial. O pior racismo é o racismo da esquerda, das milhares de pessoas que nas redes sociais estão me chamando de capitão do mato, uma ofensa racial, uma injúria racial que deve ser levada à Justiça no momento certo. Então, são pessoas racistas e militantes da esquerda, que me chamam de capitão do mato. Esses, sim, são os piores racistas do Brasil”, disse.

O jornalista espera que a decisão judicial que o impede de assumir o cargo seja revertida e a classificou como “absurda e política”. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu contra a liminar.

“Tenho que estar confiante. Se eu não estivesse confiante, por que eu estaria aqui? Eu tenho que acreditar que a liminar vai cair, porque ela é absurda e política”, disse.

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