Senador protocola pedido de impeachment de Toffoli e Moraes. Veja
O argumento usado por Alessandro Vieira teve como base o abuso de poder no que ficou conhecido como “inquérito das fake news”
atualizado
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A Secretaria Geral da Mesa do Senado protocolou nesta terça-feira (23/04/19) pedido de impeachment apresentado pelo senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.
De acordo com o parlamentar, o pedido teve como argumento a tese que houve crime de responsabilidade através de abuso de poder na abertura do inquérito contra ofensas e mentiras a respeito da corte que teve, no seu ápice, um episódio de censura a uma matéria jornalística publicada na revista Crusoé e no site O Antagonista sobre o ministro Dias Toffoli.
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Além disso, Vieira baseou o pedido nas buscas feitas pela Polícia Federal e no bloqueio de redes sociais de outros alvos do inquérito, como o ex-candidato ao governo do Distrito Federal general Paulo Chagas.
“Não estamos buscando pacificação, estamos buscando transparência”, disse Vieira, quando questionado se haveria uma forma de pacificação que não fosse os pedidos de impeachment.
Entenda o caso
A reportagem censurada trata de um suposto codinome dado a Dias Toffoli na lista do “departamento de propinas” da Odebrecht. Segundo a Crusoé, o ministro seria o “amigo do amigo do meu pai”.
O codinome “Amigo do meu pai” já tinha sido revelado anteriormente pela Lava Jato e seria o ex-presidente da República Lula da Silva (PT), atualmente preso em Curitiba, condenado pela Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. “Meu pai” identificaria Emílio Odebrecht, pai de Marcelo.
Pela decisão do ministro Moraes, a Polícia Federal vai intimar os responsáveis pela publicação da reportagem “para que prestem depoimentos no prazo de 72 horas”, informou o site O Antagonista, de quem a revista é parceira.
Para Alexandre de Moraes há “claro abuso no conteúdo da matéria veiculada”. A revista, em sua defesa, reforçou que a reportagem de que trata a decisão do ministro foi publicada com base em um documento que consta dos autos da Operação Lava Jato.