Senado quer que ministro do Turismo esclareça candidaturas laranjas
Comissão da Casa aprovou requerimento que convida Marcelo Álvaro Antônio a falar aos parlamentares
atualizado
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A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou, na manhã desta terça-feira (12/3), um requerimento que convida o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a prestar esclarecimentos na Casa. Os parlamentares querem que Antônio dê mais informações sobre as denúncias de uso de candidaturas laranjas para desvio de recursos eleitorais, enquanto era presidente do PSL de Minas Gerais.
“Acredito que não haverá nenhuma recusa, por parte dele, de vir esclarecer tais denúncias”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento. Ainda não há data para que o ministro fale na Casa. Além disso, como se trata de um convite, Marcelo Álvaro Antônio pode optar por não ir. Caso isso aconteça, há um grupo,com a Rede, o PT, o PSol e outros partidos de esquerda, que se movimenta para que ele seja convocado e obrigado a prestar esclarecimentos aos parlamentares.
Entenda
Ainda em fevereiro, surgiram suspeitas de que esquemas de financiamento de candidaturas laranjas tenham ocorrido durante as eleições de 2018 no partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O primeiro integrante do governo citado no caso foi o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era dirigente do diretório da sigla em Minas Gerais.
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Já o ex-ministro Gustavo Bebianno foi envolvido diretamente nas suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas cerca de 10 dias após a primeira reportagem sobre o caso. Como presidente do PSL e coordenador da campanha de Bolsonaro, ele teria aprovado o repasse de R$ 250 mil para a candidatura de uma ex-assessora. As prestações de conta mostram que o dinheiro foi repassado a uma gráfica em endereço de fachada – onde não havia máquinas para impressões em grande escala.
Bebianno perdeu o cargo em 18 de fevereiro. A decisão foi de Bolsonaro, apesar do pedido de parlamentares para que o ex-ministro continuasse no governo federal. No entanto, até agora, o presidente da República tem se calado sobre o futuro do ministro do Turismo.