Renato Duque negocia acordo de delação premiada
O ex-diretor da Petrobras é acusado de ser o principal operador no esquema de corrupção da estatal
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque deve fechar um acordo de delação premiada, em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato. Após assinado, o documento ainda precisa ser homologado pelo juiz Sergio Moro. A informação é do jornal O Globo.
Duque esteve no governo Lula por oito anos e também prestou serviços na gestão de Dilma Rousseff. Era o responsável por recolher propinas na Petrobras e é considerado pelos investigadores como o principal operador do PT no esquema. Ele está preso desde novembro de 2014 e tornou-se colaborador formal da força-tarefa em um acordo internacional.
De acordo com a reportagem, Renato Duque guardou provas documentais que “reforçariam o elo entre o PT, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e os repasses da Odebrecht”.O ex-diretor da Petrobras colabora com a investigação e, ao confessar crimes que envolvem empresas italianas, ganhou imunidade perante a Justiça do país. Duque também abriu mão de 20,5 milhões de euros – depositados em um banco de Mônaco – recebidos em propina.
Agora, o ex-diretor da estatal promete entregar provas contra figuras importantes do PT, como a ex-presidente Dilma Rousseff, a quem ele acusa de ter “franca atuação” no esquema da Petrobras. Na proposta de acordo, há documentos, extratos bancários, planilhas, fotografias dele com investigados. Duque explica como era a divisão de propinas milionárias.
Ao jornal O Globo, a assessoria de Dilma informou que só vai se manifestar quando tiver acesso aos depoimentos. Procurados, os advogados de Renato Duque não querem comentar o assunto.