Queiroz recebeu R$ 2 mi de 13 assessores indicados por Flávio
O Ministério Público do Rio de Janeiro alegou ter identificado outros R$ 900 mil em depósitos em espécie para a conta do ex-assessor
atualizado
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De acordo com quebra de sigilo bancário obtida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-assessor parlamentar, Fabrício Queiroz, recebeu R$ 2.062.360,52 por meio de 483 depósitos feitos por assessores subordinados ou indicados pelo então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro. As informações são do Estadão.
Os depósitos foram feitos por treze servidores do gabinete do parlamentar e constam no relatório da promotoria sobre a operação de buscas e apreensões conduzidas, nesta quarta-feira (18/12/2019). O relatório também aponta que os investigadores chegaram ao ao valor depois de analisar as movimentações financeiras de Queiroz após a abertura do sigilo bancário do ex-assessor parlamentar, decretada em abril deste ano e que atingiu, inclusive, o próprio senador Flávio Bolsonaro.
De acordo com a promotoria, a maior parte dos valores (69%) foi repassado por depósito bancário de dinheiro em espécie, mas também foram utilizados transferências e depósitos de cheques. Queiroz é apontado pelos promotores como o “arrecadador dos valores desviados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro”.
Além dos depósitos, o Ministério Público afirma que o ex-assessor parlamentar ‘executou uma intensa rotina de saques em sua própria conta corrente’, chegando ao total de R$ 2,9 milhões em espécie.
O MP também alegou ter identificado outros R$ 900 mil em depósitos em espécie para a conta de Queiroz “cuja procedência não foi possível precisar pelo cruzamento de valores”. A promotoria afirma ainda que ocorreram “centenas de saques nas contas bancárias de ex-assessores” de Flávio Bolsonaro que foram destinadas a operadores financeiros mediante entrega em mãos, sem passar pela conta de Queiroz.