PT fecha acordo com PSB e Ciro Gomes sofre mais um revés
Os socialistas optaram pela neutralidade na disputa nacional, liberando os seus diretórios a se aliarem a candidatos petistas nos estados
atualizado
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A Executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), após se reunir na tarde desta quarta-feira (1º/8), em Brasília, anuncio um acordo eleitoral com o Partido Socialista Brasileiro (PSB). O PT retirou a candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes ao governo de Pernambuco, enquanto o PSB optou pela neutralidade na disputa nacional, liberando os seus diretórios para se aliarem a candidatos da sigla petista nos estados.
O acordo reflete diretamente nas eleições no Distrito Federal. O governador Rodrigo Rollemberg esperava um acordo com o PDT, de Ciro Gomes, na formação de seu palanque na disputa pela reeleição.
Com a negociação, o PT definiu apoio ao governador Paulo Câmara, tratado entre os socialistas como a joia da coroa. O PSB poderá se aliar ao PT em cerca de 14 estados, inclusive em Minas Gerais, onde o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda poderá ficar sem legenda.
“Com esse gesto do PT, não vai ter nenhuma disputa no domingo. Posso garantir que vamos optar pela neutralidade”, disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG). A sigla socialista marcou sua convenção nacional para domingo (5/8), a fim de decidir sua posição nas eleições de 2018.
O acordo representa mais um revés para o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, que tentava atrair o PSB e, agora, deve contar com apoio de poucos diretórios do partido, como Distrito Federal e Espírito Santo. O postulante pedetista perdeu também o apoio do Centrão para o presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Em São Paulo, o governador Márcio França (PSB), candidato à reeleição, ficará liberado para apoiar o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, o ex-governador Geraldo Alckmin.
Apesar das tratativas, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse à reportagem que uma decisão do partido só será formalizada neste domingo, na convenção nacional da sigla. “Ainda não decidimos nada, o que o PT nos pede é o apoio e só vamos decidir isso no dia 5”, emendou.