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PT entra com notícia-crime no STF contra procuradores da Lava Jato

Ação foi motivada após novas conversas vazadas indicarem que o grupo usou contatos informais estrangeiros para obter provas “ilícitas”

atualizado

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Liderança do PT/Câmara dos Deputados
Paulo Pimenta Secom Metrópoles
1 de 1 Paulo Pimenta Secom Metrópoles - Foto: Liderança do PT/Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), anunciou nesta sexta-feira (27/09/2019) que a bancada do partido vai protocolar, na próxima semana, uma série de ações judiciais – entre elas uma notícia-crime –, no Supremo Tribunal Federal (STF), contra procuradores da Operação Lava Jato.

A decisão foi motivada após o vazamento de novas conversas de integrantes da força-tarefa. Publicada pelo Uol, baseada em documentos recebidos pelo The Intercept Brasil, a reportagem mostra que, entre 2015 e 2017, os procuradores, comandados por Deltan Dallagnol, teriam utilizado contatos informais com autoridades da Suíça e de Mônaco para obter provas contra investigados.

Entre os alvos estavam executivos de empreiteiras que cumpriam prisão preventiva e, posteriormente, se tornariam delatores. Seriam eles os diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque; o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, além de executivos da Odebrecht, entre eles, o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht.

Segundo Pimenta, um dos objetivos das ações é impedir que Dallagnol e outros procuradores apaguem de seus computadores as supostas provas do ocorrido, como e-mails e mensagens trocadas com seus colegas da Suíça e dos EUA.

“São medidas cautelares para impedir que essa organização criminosa que atua em Curitiba destrua provas e manipule testemunhas, e Dallagnol precisa ser afastado do cargo”, destacou.

Segundo a reportagem, a força-tarefa manteve contato com procuradores suíços, que tinham acesso ao sistema Drousys, usado pelo setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para controlar pagamentos de propina a autoridades e políticos.

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