Privatização dos Correios não está em discussão, afirma Marcos Pontes
Futuro ministro de Ciência e Tecnologia disse nesta quinta-feira (6/12) que mudanças na estatal não estão nos planos do novo governo
atualizado
Compartilhar notícia
A privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não está em pauta. Ao menos por enquanto. É o que garantiu, nesta quinta-feira (6/12), o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. A declaração foi dada em entrevista coletiva a jornalistas no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB).
“Por enquanto não está na pauta”, disse Pontes ao ser questionado sobre a ideia de concessão da empresa. Durante a campanha, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou a intenção de privatizar os Correios. Em outras oportunidades, falou em extinguir a empresa.
Em novembro, Pontes disse ao Metrópoles que seria necessário realizar um raio-X para depois definir o futuro da estatal. Como o próprio portal mostrou, o presidente Michel Temer (MDB) acredita que a reformulação da empresa já é suficiente, tendo visto que, em 2017, os Correios geraram lucros depois de quatro anos no vermelho.
A privatização chegou a ser cogitada pelo governo Temer em 2016. No entanto, após os números positivos de 2017, o atual ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou ter retirado da pauta essa medida. “Não se fala mais nisso”, afirmou a jornalistas em maio deste ano.
Ensino superior
Pontes também informou que o ensino superior vai continuar com o Ministério da Educação. A ideia de transferência dessa competência para a pasta do futuro ministro foi cogitada pelo presidente eleito. “O ensino superior permanece com o Ministério da Educação e essa relação com a ciência e tecnologia é primordial”, declarou.
Segundo o futuro ministro, a “colaboração com a educação é importante e tem andado muito bem”. Ele listou quatro pilares para a cooperação entre os ministérios, que seriam: o ensino de ciência e tecnologia no ensino fundamental; a importância da pesquisa básica; incentivo à inovação; e cooperações internacionais.