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Previdência: deputado quer investigação de Onyx por “compra de votos”

Na últimas reuniões com parlamentares, o chefe da Casa Civil apresentou uma espécie de “cardápio” que o Palácio do Planalto tem de verba para liberar em troca do apoio de deputados

atualizado

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Assinatura Solene Decreto posse de Armas. Brasília(DF), 15/01/2
1 de 1 Assinatura Solene Decreto posse de Armas. Brasília(DF), 15/01/2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o  ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, por “compra de votos” para a aprovação da reforma da Previdência. A representação foi protocolada na tarde dessa quinta-feira (30/05/2019).

Cabral defende na representação que “o governo está cometendo crimes de peculado e formação de quadrilha”. Ao Metrópoles, ele comentou o caso. “Isso é pior do que o Mensalão”, disse na manhã desta sexta-feira (31/05/2019).

Nas últimas reuniões com parlamentares, Lorenzoni apresentou uma espécie de “cardápio” — termo usado pelos políticos das duas Casas — que o Palácio do Planalto tem de verba, e as áreas nas quais elas poderão ser investidas, para liberar em troca do apoio dos deputados à pauta prioritária da gestão Bolsonaro.

O documento foi batizado de “Plano de Políticas Públicas – Programas e Ações” e traz as atividades que “poderão receber recursos do orçamento com o objetivo de gerar investimento” ao Brasil.

O outro lado
A assessoria de imprensa do ministro nega qualquer negociação com os deputados usando as mesmas “práticas corruptas do PT”. “Quem precisava comprar votos era o PT, que era corrupto e não tinha projeto para o país. Este governo não se assemelha em nada àqueles nem o Congresso é o mesmo”, afirmou, em nota.

“A marca deste governo é o diálogo e as relações republicanas, pautadas pela ética e o respeito à população. Essa é a boa política. Eventuais recursos que venham a ser liberados para atendimento de demandas legítimas da população estarão dentro dos preceitos legais e éticos”, concluiu o texto.

O Metrópoles entrou em contato com a PGR, mas, até a última atualização desta reportagem, o órgão não havia comentado o caso. O espaço continua aberto a manifestações.

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