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Pressionado por PSL, PRB e PP, Maia negocia mudar reforma de policiais

Após reunião com integrantes das siglas, o presidente da Câmara teria se mostrado disposto a levar o tema ao relator da Previdência

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1 de 1 Rodrigo-Maia-e-lideranças - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Sob a ameaça de travar a tramitação da reforma da Previdência, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e siglas do Centrão, como o PP e o PRB, que têm vários integrantes ligados à chamada “bancada da bala”, pressionam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para abrandar as regras de aposentadoria da categoria dos policiais no texto.

Após reunião com Maia nesta quinta-feira (27/06/2019), parlamentares que participaram do encontro relataram ao Metrópoles que foi a primeira vez que o presidente da Casa se mostrou aberto a comprar a briga em favor dos policiais. Segundo os deputados, ele estaria disposto a levar o tema a debate e a articular as mudanças com o relator da proposta na comissão especial, Samuel Moreira (PSDB-SP).

Maia marcou, inclusive, uma nova reunião na segunda-feira (01/07/2019) para bater o martelo sobre o assunto. A ideia é levar uma proposta oficial ao presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PL-AM), e ao líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO). Os partidos querem que o tucano equipare no voto complementar da reforma, que será apresentado na próxima terça-feira (02/07/2019), os direitos dos policiais aos dos profissionais das Forças Armadas.

Atualmente, segundo o parecer de Samuel Moreira (PSDB-SP), a idade mínima para policiais se aposentarem é de 55 anos para homens e mulheres, com 30 anos de contribuição e 20 anos de tempo de atividade policial para elas e para eles.

O governo quer manter a idade mínima, mas com alteração no tempo de contribuição: seria 30 anos para homens e 25 anos para as mulheres durante a transição e, depois, 30 anos para todos. O tempo de atividade policial, por sua vez, seria de 25 anos.

Em guerra nas ruas
A categoria pede a integralidade (último salário da carreira), a paridade (mesmo reajuste dos ativos) e a pensão integral – sem idade mínima de aposentadoria. Um dos deputados da “bancada da bala” disse: “Com todo o respeito às Forças Armadas, quem está nas ruas em guerra não são eles, somos nós”. Aos congressistas, Maia teria dito que foi um “erro” Bolsonaro ter colocado os militares em uma reforma separada. Estariam “com essa questão à flor da pele”.

De acordo com o coordenador da bancada do PSL na comissão especial, Alexandre Frota (SP), após reunião com o líder do partido, Delegado Waldir (GO), com o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, a bancada que representa policiais militares, civis, federais e delegados apresentará um destaque exclusivo deles para o relatório da Previdência.

A bancada geral estará liberada e não haverá outros destaques sobre o tema. Segundo Frota, a medida desagrada à equipe econômica.

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